Banner Portal
Apresentação
PDF

Palavras-chave

Vegetais
Plantas
Outros que humanos
Povos indígenas

Como Citar

LOVO, Arianne Rayis; ASSUMPÇÃO, Karine. Apresentação : Relações vegetais e outros que humanos como estratégia de contiguidade com o mundo . Maloca: Revista de Estudos Indígenas, Campinas, SP, v. 5, n. 00, p. e022017, 2022. DOI: 10.20396/maloca.v5i00.17256. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/maloca/article/view/17256. Acesso em: 28 mar. 2024.

Resumo

Vegetar é uma estratégia que irrompe como proposta singular para habitar, criar e fazer mundo. Privilegiar a relação entre humanos e outros que humanos, como plantas, animais, minerais e objetos é evidenciar as potencialidades das cosmovisões indígenas que questionam os pressupostos e dualismos presentes na perspectiva ocidental. Os estudos na etnologia contemporânea, e, em especial, no debate amazônico, foram marcados, principalmente, pela relação humano-animal (Lima, 1996; Viveiros de Castro, 2002; Fausto, 2008). Ainda que trabalhos anteriores, sobretudo de mulheres pesquisadoras, tenham evidenciado a importância das imagens vegetais (Lea, 1986; McCallum, 1996; Farage,1997; Lagrou, 2007; Carneiro da Cunha, 2007, entre outras), apenas recentemente tal tópico ganhou destaque nos debates etnológicos. Pensar as plantas da e na relação é compreendê-las a partir de uma ontologia outra, que não dicotomiza organismos vivos do ambiente, mas privilegia a ação da mistura, dos atravessamentos e da transformação como um modus operandi para ser nos e com mundos possíveis. 

https://doi.org/10.20396/maloca.v5i00.17256
PDF

Referências

Bonilla, Oiara. 2007. Des proies si désirables. Soumission et prédation pour les Paumari d´Amazonie brésilienne. Tese de Doutorado, Nanterre, Université de Paris X.

Cabral de Oliveira, Joana. 2012. Entre plantas e palavras. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Cabral de Oliveira, Joana. 2020. Vozes Vegetais: diversidade, resistências e histórias da floresta. Editora Ubu: São Paulo.

Carneiro da Cunha, Manuela. 2007. Relações e dissensões entre saberes tradicionais e saber científico. Revista USP, São Paulo, n.75, p. 76-84, setembro/novembro.

Cadena, Marisol de la. 2018. Natureza incomum: histórias do antropo-cego. Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, (69), 95-117. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i69p95-117.

Farage, Nádia. 1997. As flores da fala: práticas retóricas entre os Wapishana. Tese de doutorado, USP, São Paulo.

Fausto, Carlos. 2008. “Donos demais: maestria e domínio na Amazônia”. Mana, vol. 14/2, 329-366.

Lagrou, Els. 2007. A fluidez da forma: arte, alteridade e agência em uma sociedade amazônica (Kaxinawa, Acre). Rio de Janeiro: TopBooks.

Lea, Vanessa. 1986. Nomes e nekrets Kayapo: uma concepção de riqueza. Tese de doutorado, UFRJ, Rio de Janeiro.

Lima, Tânia Stolze. 1996. “O dois e seu múltiplo. Reflexões sobre o perspectivismo em uma cosmologia Tupi”. Mana 2(2), 21-47.

Maizza, Fabiana. 2014. “Sobre as crianças-planta: o cuidar e o seduzir no parentesco Jarawara”. Mana 20 (3): 491-518.

McCallum, Cecilia. 1996. “Morte e pessoa entre os Kaxinawá”. Mana 2(2): 49-85.

Shiratori, Karen. 2019. “O olhar envenenado: a perspectiva das plantas e o xamanismo vegetal Jamadi (Médio Purus, AM)”. Mana 25 (1): 159-188.

Viveiros de Castro, Eduardo. 2002. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac & Naify.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Arianne Rayis Lovo, Karine Assumpção

Downloads

Não há dados estatísticos.