Resumen
La vegetación es una estrategia que surge como una propuesta singular para habitar, crear y hacer mundo. Privilegiar la relación entre humanos y no humanos, como plantas, animales, minerales y objetos, es resaltar el potencial de las cosmovisiones indígenas que cuestionan los supuestos y dualismos presentes en la perspectiva occidental. Los estudios de etnología contemporánea, y en especial del debate amazónico, estuvieron marcados principalmente por la relación humano-animal (Lima, 1996; Viveiros de Castro, 2002; Fausto, 2008). Aunque trabajos previos, especialmente de mujeres investigadoras, han destacado la importancia de las imágenes de plantas (Lea, 1986; McCallum, 1996; Farage, 1997; Lagrou, 2007; Carneiro da Cunha, 2007, entre otros), este tema ha cobrado protagonismo recientemente. en los debates etnológicos. Pensar las plantas de y en la relación es entenderlas desde otra ontología, que no dicotomiza los organismos vivos del medio, sino que privilegia la acción de mestizaje, cruce y transformación como modus operandi para estar en y con mundos posibles.
Citas
Bonilla, Oiara. 2007. Des proies si désirables. Soumission et prédation pour les Paumari d´Amazonie brésilienne. Tese de Doutorado, Nanterre, Université de Paris X.
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Carneiro da Cunha, Manuela. 2007. Relações e dissensões entre saberes tradicionais e saber científico. Revista USP, São Paulo, n.75, p. 76-84, setembro/novembro.
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Farage, Nádia. 1997. As flores da fala: práticas retóricas entre os Wapishana. Tese de doutorado, USP, São Paulo.
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Lagrou, Els. 2007. A fluidez da forma: arte, alteridade e agência em uma sociedade amazônica (Kaxinawa, Acre). Rio de Janeiro: TopBooks.
Lea, Vanessa. 1986. Nomes e nekrets Kayapo: uma concepção de riqueza. Tese de doutorado, UFRJ, Rio de Janeiro.
Lima, Tânia Stolze. 1996. “O dois e seu múltiplo. Reflexões sobre o perspectivismo em uma cosmologia Tupi”. Mana 2(2), 21-47.
Maizza, Fabiana. 2014. “Sobre as crianças-planta: o cuidar e o seduzir no parentesco Jarawara”. Mana 20 (3): 491-518.
McCallum, Cecilia. 1996. “Morte e pessoa entre os Kaxinawá”. Mana 2(2): 49-85.
Shiratori, Karen. 2019. “O olhar envenenado: a perspectiva das plantas e o xamanismo vegetal Jamadi (Médio Purus, AM)”. Mana 25 (1): 159-188.
Viveiros de Castro, Eduardo. 2002. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac & Naify.
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