Abstract
Os anos que cobrem da morte de Alexandre Magno à vitória de Augusto na Batalha de Áccio, grosso modo, entre 323 e 31 a.C., custaram a atrair a atenção dos historiadores. Vistos como ocaso da democracia ateniense, decaída em infindável disputa pelo espólio do Império Macedônio, foi preciso que J. G. Droysen (1808-1884) empregasse a pena em sua biografia do conquistador (Geschichte Alexanders des Grossen, 1833) e em suas sucessivas obras sobre a história do helenismo para que o período ganhasse maior atenção. Ainda assim, não faltaram vozes pouco sensíveis ao apelo do prussiano. O inglês George Grote (1794-1871), historiador de tradição liberal, não enrubesceu ao sentenciar no prefácio de sua monumental obra em 12 volumes, A History of Greece: from the Earliest Period to the Close of the Generation Contemporary with Alexander the Great (1846-1856), que a era entre 300 a.C. e a absorção de Grécia por Roma nada tinha a oferecer, senão como muleta para compreensão de seus séculos precedentes.
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