Resumo
O fenômeno denominado eletroforese é definido como sendo a migração de espécies carregadas eletricamente, que ocorre quando as mesmas são dissolvidas ou suspensas em um eletrólito, através do qual uma corrente elétrica é aplicada [1]. Esta técnica de separação foi desenvolvida pelo químico Arne Tiselius para o estudo de proteínas em soro [2] e por este trabalho ele ganhou o prêmio Nobel em 1948. Este método, denominado solução livre, era bastante limitado devido à instabilidade do aparelho, e mais significativamente, pelos efeitos de difusão e aquecimento gerados pelo campo elétrico, os quais comprometiam a resolução (a separação) dos compostos. Estes efeitos foram minimizados com a introdução de suporte (gel ou papel) que ajudou a conter o movimento livre dos analitos, de forma que o efeito da difusão fosse diminuído. Entretanto este sistema oferecia um baixo nível de automação, tempos de análise longos e após a separação a detecção era feita visualmente. A eletroforese capilar (EC) é uma técnica que foi introduzida em 1981, por Jorgenson e Lukacs [3] e tem sido aceita cada vez mais, como um importante método analítico. Em sua forma mais simples a EC é uma aproximação da técnica original, descrita por Tiselius, porém emprega-se um tubo capilar, preenchido com um eletrólito, conforme o próprio nome sugere.
Referências
Heiger, D. N., “High Performance Capillary Electrophoresis”, Hewlett Packard Company, Publication Number 12-5091-6199E, 1997.
Tiselius, A., “The Moving-Boundary Method of Studying the Electrophoresis of Proteins”, Tese de Doutorado, University of Uppsala, Suécia, 1930.
Jorgenson, J. W.; Lukacs K. D., “Zone Electrophoresis in Open-tubular Glass Cappilaries”, Anal. Chem., 1981, 53:1298.
Skoog, D. A.; Holler, F. J.; Nieman T.A., “Principes of Instrumental Analysis”, Saunders College Publishing, Philadelphia, 1998.
Settle, F., “Handbook of Instrumental Techniques for Analytical Chemistry”, Prentice-Hall International Inc., New Jersey, 1997.
Li, S. F. Y., “Capillary Electrophoresis. Principles, Practice and Applications”. J Chrom Libr, 1992, 52:1.
Grossman, P. D.; Colburn. J. C., “Capillary Electrophoresis. Theory and Practice”, Academic Press Inc., San Diego - California, 1992.
Tavares, M. F. M, “Mecanismos de Separação em Eletroforese Capilar”, Quím. Nova, 1997, 20: 493- 511.
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