Resumo
O presente trabalho tem como objetivo, através de breve revisão da literatura, discutir sobre a imparcialidade no pensamento científico, buscando entender sua ocorrência e seus limites. Atrelado ao tema da neutralidade, discute-se questões integradoras: o equívoco de se considerar uma verdade como imutável e absoluta, e, consequentemente, a necessidade e vantagens de uma ciência aberta a críticas e apontamentos sobre seus estudos, apresentando como exemplo aplicado a conjuntura da Covid-19 no Brasil.
Em suma, para além da necessidade de consideração da ciência, destaca-se que a absorção de juízos é um ato saudável e necessário para a atividade científica, em virtude da sua inerente parcialidade, e também na busca de seu devido aperfeiçoamento. A própria ideia de conhecimento envolve, em princípio, a possibilidade de que revelar-se-á ter sido um equívoco. Uma ciência aberta ao debate, receptiva quanto a julgamentos e considerações sobre seu conteúdo é essencial e representa benefícios para toda a coletividade, principalmente no advento de períodos em que a mesma assume ampla importância e destaque, atuando como propulsora e norteadora dos avanços tecnológicos, e no progresso dos mais variados campos do conhecimento, como por exemplo, nos relacionados a saúde.
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