Resumo
No presente contexto, as relações sino-africanas ocupam uma posição de destaque na agenda de política externa chinesa, sendo a China reconhecida como um dos principais parceiros comerciais e doadores na África. No entanto, Pequim tem sido alvo frequente de acusações alegando que a distribuição de sua ajuda externa se baseia em interesses próprios, buscando acesso aos recursos naturais dos Estados africanos e mercados para seus produtos. A China refuta essas acusações e afirma que sua ajuda é alocada de acordo com as necessidades dos países receptores, mas também é pensada a partir de uma perspectiva de cooperação de benefícios mútuos. Cada país apresenta suas especificidades quando o assunto é distribuição de ajuda externa, e as motivações mudam com o passar do tempo. No início do século XXI, os Estados Unidos da América concentravam sua assistência no Oriente Médio por questões de segurança, enquanto a França priorizava suas antigas colônias. O Japão definia quem receberia os recursos de acordo com o padrão de votação na Organização das Nações Unidas. Com base nessas premissas, esse trabalho propõe estudar os fatores associados à alocação de ajuda externa chinesa aos países africanos, ou seja, as motivações que levam a China a destinar mais recursos para o país A em vez das nações B ou C, por exemplo. Buscamos testar como variáveis relacionadas aos interesses políticos e econômicos da China e às necessidades dos países africanos impactam no volume de ajuda externa que Pequim fornece aos Estados da região.
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