Resumo
Utilizando principalmente fotografias e poucas palavras, Hamish Fulton construiu uma obra baseada em caminhadas. O artista britânico critica a associação da sua obra aos conceitos oferecidos pela história da arte, como a paisagem, a arte conceitual ou a Land Art. Para ele, o fundamental é a experiência da caminhada, intraduzível em tais categorias. No entanto, tal experiência se materializou nos últimos quarenta anos em fotografias, textos, wall paintings, performance, exposições com diferentes mídias e diversos livros. O desconforto de Hamish Fulton com os conceitos demonstra, paradoxalmente, a sua versatilidade em lidar com estratégias da arte contemporânea, recombinadas para responder ao desafio de traduzir a natureza. Esse artigo sugere que a fotografia participa de um tipo de narrativa que dá coerência à obra de Fulton. Mesmo que a caminhada se apresente como irredutível a um objeto, ela se materializa e re-acontece por meio da manipulação de imagens e texto.
Referências
DOBAL, Susana. En marchant. Paris Art. www.paris-art.com/galerie-photo/en-marchant/hamish-Fulton/7990.html Acesso em 18.5.2014.
DOUAIRE, Pierre-Évariste. Hamish Fulton: Interview. Paris Art, 20 de agosto 2010. Disponível em: www.paris-art.com/interview-artiste/hamish-Fulton/Fulton-hamish/334.html#haut . Acesso em: 1.5.2014.
FULTON, Hamish. Kora: Tibetan Kora – circumbulation of a sacred place. Oslo: Galleri Riis, 2008.
________. Mountain time, human time. Milano: Charta, 2010.
________. One hundred walks. Netherlands: Haags Gemmentemuseum,1991.
________. Roads and paths. Munich : Schirmer-Mosel, 1978.
________. Selected walks (1969-1989). Buffalo, NY: Albright-Knox Art Gallery, 1990.
________. Twilight horizons : a twenty day walking journey from Dumre to Leder in Manang and back to Pokhara by way of Khudi, Nepal early 1983. Bordeaux: Musée d'Art Contemporain, 1983.
________. The uncarved block : ten short walks in the Himalayas 1975-2009. Zurich : Lars Müller Publishers, 2010.
________. Wild flowers/Fleurs sauvages. Paris : Centre George Pompidou, 1981.
JONES, Jonathan. The road to Utopia . The Guardian. Londres, 16 de março 2002. www.theguardian.com/books/2002/mar/16/books.guardianreview2 . Acesso em: 1.5.2014.
SOLNIT, Rebecca. L’Art de marcher. Tradução Oristelle Bonis. Arles : Actes Sud, 2002.
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2014 Studium