Resumo
Esse ensaio traduz em fotografia e texto uma cidade que fascina não só pelo que mostra, mas pelo que evoca. A impressão de já ter estado por ali sem ter certeza de que isso realmente ocorreu é permanente em Paris. Essa confusão se explica menos pelo retorno real aos mesmos lugares do que pelo reconhecimento de situações já vividas anteriormente em cenas de livros, filmes, fotos, quadros. Diversas vezes ouvi relatos sobre a sensação prazerosa de estar perdido nas ruas parisienses. Talvez seja porque as criaturas perdidas também sintam-se em casa vagando no labirinto das suas próprias associações. Há um certo conforto em saber que pode existir um turismo imaginário compartilhado. Nessas horas é sempre bom ter uma câmera nas mãos para se certificar de que não se trata apenas de devaneios etéreos, pois algo estava realmente lá.
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