Banner Portal
Tamanho importa?
PDF

Palavras-chave

Intimidade fotográfica
Conhecimento histórico.

Como Citar

BATCHEN, Geoffrey; DOBRANSKY, Diana de Abreu. Tamanho importa?. Studium, Campinas, SP, n. 24, p. 5–13, 2006. DOI: 10.20396/studium.v0i24.12244. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/studium/article/view/12244. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

O que aconteceu com a intimidade fotográfica? Não a representação de intimidade na fotografia, mas a intimidade que existia entre o espectador e a fotografia, a intimidade da experiência fotográfica? Tamanho tem algo a ver com isso, porque estamos atualmente vivendo na era da fotografia de grande formato. Ou, melhor dizendo, de enorme formato. Exposições recentes de obras de Richard Avedon, Thomas Struth e Andreas Gursky apresentam, galeria após galeria, impressões fotográficas enormes, e a sua experiência pode ser poderosa. Falamos aqui de fotografias do tamanho de pinturas históricas do século XIX, ou, como termo de comparação mais recente e apropriado, telas do Impressionismo Abstrato [americano] das décadas de 1940 e 1950. Como elas, essas fotografias ocupam a visão periférica assim como a central, nos absorvendo dentro de seus padrões detalhados e superfícies coloridas e pastosas. Suas proporções nos forçam a nos afastarmos para percebe-las em sua totalidade (não é coincidência que os espaços das galerias modernas abandonaram o interior doméstico como modelo e adotaram a escala e estética antisséptica de showrooms e depósitos). No entanto, quando nos distanciamos o suficiente para ver a imagem como um todo, perdemos a habilidade de ver detalhes que essas fotografias enormes prometem nos proporcionar. 

https://doi.org/10.20396/studium.v0i24.12244
PDF

Referências

[1] Vide OHLIN, Alix. "Andreas Gursky and the Contemporary Sublime", In: Art Jounal, 61: 4 (Winter 2002), p. 22-35.
[2] GALASSI, Peter. Andreas Gurskys. New York: Museum of Modern Art, 2001, p. 27.
[6] KRAUSS, Rosalind. Cindy Sherman 1975-1993. Rizzoli, 1994, p. 17.
[7] Livros dedicados à história da fotografia raramente se esforçam para reproduzir imagens em seu tamanho natural, ou em escala relativa uma com relação a outra. O livro recente de Larry Schaaf sobre Talbot é uma exceção, reproduzindo cada impressão uma a uma. Veja SCHAAF, Larry. The Photographic Art of William Henry Fox Talbot. Princetown and Oxford: Princetown University Press, 2000.
[9] Seydou Keïta, entrevistado em Bamako, Mali, em 15 de novembro de 2000, por Michelle Lamunière, em LAMUNIERE, Michelle. You Look Beautiful like that: The Portrait Photographs of Seydou Keïta and Maladick Sibidé. Cambridge: Harvard Art Museums, 2001, p. 47.
[10] Seydou Keïta, citado por Alioune Bâ, em BELL, Clare. In/Sight: African Photographers, 1940 to the present. New York: Guggenheim Museum, 1996, p. 268.
[11] Keïta, em Lamunière, p. 47. Ver também Sydou Keïta, em entrevista com André Magnin, 1995/96, em MATT, Gerald & MIEBGANGS, Thomas eds. Flash Afrique! Photography from West Africa. Viena: Kunsthalle Wien, 2002, p. 67.
[13] BARTHES, Roland. Camera Lucida: Reflections on Photography. New York: Hill & Wang, 1981, p. 55.
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 1970 Studium

Downloads

Não há dados estatísticos.