Banner Portal
Boltanski e o museu imaginário
PDF

Palavras-chave

Representação
Objetos e fotografias.

Como Citar

BRAGA, Isabel Florêncio. Boltanski e o museu imaginário: nos limites da representação. Studium, Campinas, SP, n. 22, p. 29–38, 2005. DOI: 10.20396/studium.v0i22.12230. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/studium/article/view/12230. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

A partir de uma discussão em torno dos limites dos processos de sistematização e catalogação - dos saberes e das coisas - que orientam a representação do conhecimento racional e a partir da análise de alguns trabalhos fotográficos de Christian Boltanski, este texto propõe pensar o gesto de apropriação e ressignificação de imagens como gesto criativo que acentua o caráter poético e ficcional dos processos de ordenação e representação. O artista Boltanski justapõe objetos e imagens, utiliza a capacidade da fotografia em afirmar um certo estado de coisas, ao mesmo tempo em que aponta ironicamente para a sua credibilidade, como prova incontestável dos fatos. Com base nessa crença na imagem, Boltanski constrói um espaço ficcional que intenta substituir a sua experiência mesma, estabelecendo entre os fragmentos um valor associativo que os destitui de seu cálculo sintagmático.

https://doi.org/10.20396/studium.v0i22.12230
PDF

Referências

ANTUNES, Arnaldo. As coisas. São Paulo: Iluminuras, 1993.
BARTHES, Roland. As pranchas da enciclopédia. In: Novos ensaios críticos. São Paulo: Cultrix, 1974. p.27-41.
________. A câmara clara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
BAUDRILLARD, Jean. O sistema dos objetos. Trad. Zulmira Ribeiro Tavares. São Paulo: Perspectiva, 2000, p.21-111.
BENJAMIN, Walter. Desempacotando minha biblioteca. Obras escolhidas II – Rua de mão única. São Paulo: Brasiliense, 1987, p.227-235.
BENTES, Ivana. Greenaway, a estilização do caos. In: Veredas. Rio de Janeiro: Centro cultural Banco do Brasil, n.31, jul.1998, p.6-11.
BORGES, Jorge Luis. A biblioteca de Babel. O Aleph. Funes, o memorioso. In: Obras completas I. Rio de Janeiro: Globo, 1999.
BURROWES, Patrícia. Somos todos bricoleurs. In: O universo segundo Arthur Bispo do Rosário. Rio de Janeiro: FGV, 1998, p.17-30.
CALVINO, Ítalo. Palomar. Trad. Ivo Barroso. São Paulo: Cia das Letras, 1990.
________. As cidades invisíveis. Trad. Diogo Mainardi. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
CRIMP, Douglas. On the museum´s ruins. In: The anti-aesthetic: essays on postmodern culture. Washington: By Press, 1987.
DIDI-HUBERMAN, Georges. . O que vemos, o que nos olha. Trad. Paulo Neves. São Paulo: ed.34, 1998.
ECO, Umberto. A enciclopédia como labirinto. Sobre os espelhos e outros ensaios. Trad. Beatriz Borges. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p.336-341.
________. O Ornitorrinco entre o dicionário e a enciclopédia. In: Kant e o ornitorrinco. Trad. Ana Thereza Vieira. Rio de Janeiro: Record, 1997, p.191-205.
________. Tratado geral de semiótica. São Paulo: Perspectiva, 2002.
FOUCAULT, Michel. Prefácio e Classificar. In: As palavras e as coisas. Trad. Salma Tannus. São Paulo: Martins Fontes, 1987, p.5-14 e p.139-178.
MACIEL, Maria Esther. A memória das coisas: ensaios de literatura, cinema e artes plásticas. Belo Horizonte: Lamparina, 2004.
MARMER, Nancy. Boltanski: the uses of contradiction. In: Art in America. October1989, pp.168-180.
PEIRCE, Charles S. Semiótica. Trad. José Teixeira Coelho Neto. São Paulo: Perspectiva, 2000.
PEREC, Georges. A vida - modos de usar. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, pp.189-193,296-301,557-567.
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 1970 Studium

Downloads

Não há dados estatísticos.