Resumo
Quando se observa a narrativa imagética de negro-mestiços publicada por jornais impressos de grande circulação, encontra-se um forte eco a diversas frases preconceituosas que marcam o cotidiano brasileiro. Diz-se a boca miúda: Negro sofre. Porta de entrada de negro é pela cozinha. O negro joga bem demais! A crioula sabe ser boazuda. Fulano é preto, mas trabalha direitinho. Só preto dá conta do recado na roça. Ginga de negro é coisa de outro mundo. Preto é mais esperto pro crime. As fotografias de jornais freqüentemente corroboram essas falas de tons racistas repetidas em incontáveis variações por todo o país. Lidas com toda "naturalidade", tais narrativas iconográficas têm imensa visibilidade, participando ativamente dos processos através dos quais a sociedade se apresenta e, ao mesmo tempo, se constitui.
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