Resumo
A partir dos trabalhos etnográficos apresentados neste volume, problematizamos a ideia de movimento buscando mapear diferentes formas de concebê-lo. Os contrastes e aproximações entre as elaborações nativas sobre o movimento, observadas em contextos variados, permitem-nos não apenas destacar distinções entre experiências etnográfi cas particulares de mobilidade como também diferenciar possibilidades de abordagem. Dimensões intensivas e extensivas, diversidade de direções, durações, percursos, ritmos, velocidades, práticas, agenciamentos, e relações com desacelerações, pousos e paradas ajudam-nos a apurar, precisar e ressaltar formas específi cas com que o movimento surge à análise, sempre como princípio organizador da descrição de dinâmicas sociais. Os trabalhos analisados apontam para possibilidades de classificações e formações coletivas não perceptíveis quando tomamos por estáticas as realidades estudadas.
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