Resumo
Parece haver um declínio no programa de pesquisa de camponeses e mesmo de um programa de pesquisa do rural. O campesinato morreu como alvo de um programa de pesquisa? Ou o que morreu foi antes um paradigma teórico, deixando em seu lugar temas díspares que não são unificados por uma teoria? Os novos temas e métodos são tão novos como parecem? Essas são algumas das perguntas feitas aqui. E como é possível falar de morte do campesinato quando os sem-terras no Brasil e os zapatistas de Chiapas são talvez os principais movimentos sociais latino-americanos contemporâneos?Referências
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