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“É melhor se resguardar, porque nós somos invisíveis diante do Estado Brasileiro”
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Palavras-chave

Sateré-Mawé
Pandemia na Amazônia
Saúde indígena
Política indígena
Política indigenista

Como Citar

SOUZA, Josias Ferreira de; FIORI, Ana Letícia de. “É melhor se resguardar, porque nós somos invisíveis diante do Estado Brasileiro”: práticas tradicionais Sateré-Mawé como estratégia de proteção. Maloca: Revista de Estudos Indígenas, Campinas, SP, v. 4, n. 00, p. e021001, 2021. DOI: 10.20396/maloca.v4i00.13789. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/maloca/article/view/13789. Acesso em: 29 mar. 2024.

Resumo

Este artigo, escrito a quatro mãos por um pesquisador Sateré-Mawé e uma antropóloga não indígena, elenca práticas tradicionais de resguardo do povo Sateré-Mawé, considerando as noções de corpo, saúde e doença envolvidas. A noção de resguardo e isolamento como cuidado é contraposta ao isolamento e invisibilidade dos indígenas em relação às políticas públicas do Estado. Retomam-se alguns momentos históricos críticos em que o povo Mawé teve que se resguardar e como estas práticas tradicionais podem hoje ensinar estratégias de proteção contra o coronavírus, já que mais uma vez as ações do Estado brasileiro colocam em risco os povos indígenas diante dessa nova ameaça de genocídio. Alguns conflitos que emergiram durante a pandemia são mencionados, de modo a contextualizar como os Sateré-Mawé estão enfrentando a pandemia.

https://doi.org/10.20396/maloca.v4i00.13789
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Referências

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