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Desenvolvimento rima com encantamento
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Palabras clave

Gente india
Desarrollo
Interculturalidad
Ecumenismo

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RAMOS, Alcida Rita. Desenvolvimento rima com encantamento. Maloca: Revista de Estudos Indígenas, Campinas, SP, v. 1, n. 1, p. 28–52, 2019. DOI: 10.20396/maloca.v1i1.13196. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/maloca/article/view/13196. Acesso em: 18 may. 2024.

Resumen

Ao trabalhar o tema do desenvolvimento e da interculturalidade, a antropologia, com sua experiência centenária de tentar compreender mundos não ocidentais, tem a obrigação de 1) questionar a validade universal de expressões como essas, principalmente, quando se transformam em produtos de exportação e 2) trazer à discussão exemplos não ocidentais que refutem, reduzam, ampliem ou dialoguem com esses conceitos. Este trabalho tem por objetivo apresentar situações extraídas de diversos contextos indígenas com o propósito de a) mostrar o quão inadequada é a definição canônica de desenvolvimento para tratar de experiências indígenas que envolvem recursos e riqueza e b) argumentar que o conceito de interculturalidade só merece esse nome quando promove um ecumenismo de ideias e práticas sobre o bem comum, escapando de modismos e premissas ideológicas nem sempre justas em termos de diversidade étnica. Serão analisados vários casos da região amazônica sobre planejamento territorial, experiências que procurar combinar a lógica da dádiva com a lógica do mercado e outras atividades, digamos, heterodoxas do ponto de vista estritamente ocidental.

https://doi.org/10.20396/maloca.v1i1.13196
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