Resumo
O presente artigo analisou a situação vivida pela classe trabalhadora negra diante das dinâmicas da reestruturação produtiva e também suas manifestações através do Movimento Negro Unificado, que no final da década de 1970 forjou uma trajetória de luta contra as opressões e explorações vividas pela população negra no Brasil. Assim, através da “institucionalização” da informalidade entre todo o conjunto da classe trabalhadora, sobretudo trabalhadores(as) negros(as), entendemos que as determinações que condicionaram aquele novo cenário de precarização tiveram como plano de fundo o neoliberalismo. Ainda, de forma breve, buscamos compreender como a dinâmica empreendedora se deu entre a população branca e negra no Brasil.
Referências
ALMEIDA, S. O que é o racismo estrutural? Belo Horizonte: Feminismos Plurais, 2018.
ALVES, G. O Novo (e precário) Mundo do Trabalho. [S.l.]: Boitempo, 2000.
ALVES, M. A. TAVARES, M. A. A dupla face da informalidade do trabalho: “autonomia” ou precarização. In: ANTUNES, R. Riqueza e miséria do trabalho no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2006. p. 425-444.
ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho. Ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. Campinas: Boitempo, 1999.
ANTUNES, R. Adeus ao trabalho? Campinas: Cortez, 2006.
ARANDIA, A. K. O Mercado de Trabalho Frente à Crise dos Anos 80 e aos Planos de Estabilização. Indicadores Econômicos FEE, 1991. 148-164.
ARAÚJO, A.; LOMBARDI, M. “Trabalho informal, gênero e raça no Brasil do início do século XXI.” Cad. Pesqui, São Paulo, agosto 2013. 452-477.
BEDIN, G.; NIELSSON, J. “A crise da década de 1970: observações sobre as ideias neoliberais e suas consequências.” SCIELO, Ponta Grossa, p. 27-41, 2013.
BIFF, M. et al. Empreendedorismo e Inovação: o perfil da América Latina. Revista Contribuiciones a las Ciencias Sociales, Junho 2017.
DOMINGUES, P. “Movimento Negro Brasileiro: alguns apontamentos históricos.” Tempo, p. 100-122, março 2007.
FERNANDES, F. O negro no mundo dos brancos. São Paulo: Difusão Européia no Livro, 1972.
FERNANDES, F. A integração do negro na sociedade de classe - volume 1. 5. ed. São Paulo: Globo, 2008[1964].
GEM. “Empreendedorismo no Brasil 2019.” [S.l.]: [s.n.], 2019. 5-29 p.
GONZALEZ, L; HASENBALG, C. Lugar do Negro. Rio de Janeiro: [s.n.], 1982.
HARVEY, D. O NEOLIBERALISMO: histórias e implicações. São Paulo: Loyola, 2008[2005].
IBGE. “Desigualdade por Cor e Raça no Brasil.” IBGE, 2019.
MNU. Carta de Princípios. Movimento Negro Unificado. [S.l.], p. 3. 1978.
MOURA, C. Escravismo, Colonialismo, Imperialismo e Racismo. IBEA, 1983.
OLIVEIRA, L.; PORCARO, R.; ARAÚJO, T. O Lugar do Negro na Força de Trabalho. Rio de Janeiro: IBGE, 1985.
SAFFIOTI, H. O poder do macho. São Paulo: Moderna, 2001 [1987].
SOTELO, A. A REESTRUTURAÇÃO DO MUNDO DO TRABALHO: superexploração e novos paradigmas da organização do trabalho. Uberlândia: EDUFU, 2009.
SOTELO, A. Precariado ou Proletariado. [S.l.]: Práxis, 2016.
STANDING, G. O Precariado a Nova Classe Perigosa. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
VALE, G. “Empreendedorismo Marginalidade e Estratificação Social.” Revista de Administração de Empresas REA, São Paulo, v. 54, p. 310-310, 2014.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2021 Ana Luiza Passos