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Emancipação objetivada
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Palavras-chave

Marx

Como Citar

MILOVIC, Miroslav. Emancipação objetivada: Marx. Cadernos Cemarx, Campinas, SP, v. 2, n. 2, p. 115–126, 2005. DOI: 10.20396/cemarx.v2i2.10831. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/cemarx/article/view/10831. Acesso em: 3 jul. 2024.

Resumo

Parece que Marx segue o caminho da metafísica. O que ele procura fundamentarsão os pressupostos do mundo burguês e de sua economia, os quais ficam, segundoele, sem tematização tanto na filosofia quanto na economia modernas, o que faz comque o mundo moderno permaneça baseado na ideologia. Usando a terminologia hegeliana,poderíamos dizer que, na ideologia, a verdade vale somente para o aspectoaparente do mundo, e não para a sua essência. Nesse sentido, descobrir os pressupostosseria, então, um trabalho emancipatório, e como isto é o que Marx pretende fazer,sua filosofia é chamada de crítica da ideologia. Entretanto, aqui já aparecem váriasperguntas: primeiramente, o que é a ideologia? O que ela revela? Ela faz parte dopensamento? É algo específico do capitalismo, ou algo que acompanha a filosofiadurante toda a sua história? Os filósofos do passado não pensavam os pressupostosda própria filosofia; para ilustrar isto, vimos quais são as dúvidas que Hegel apresentoucontra Kant. Em segundo lugar, até onde chega o projeto da crítica da ideologia?Marx o pensou até suas últimas conseqüências? Porque a crítica da ideologia vai aparecernovamente na filosofia de Habermas? E, em terceiro lugar, o que significa pensaros pressupostos? Não seria este o caminho para as novas essências? Parece que,mesmo criticando o capitalismo, Marx ficou preso dentro de um novo essencialismo.

https://doi.org/10.20396/cemarx.v2i2.10831
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Copyright (c) 2005 Miroslav Milovic

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