Resumo
Ao fim do século XIX e começo do século XX, Campinas passava por profundas mudanças: um dos principais centros do comércio cafeeiro oitocentista via um incipiente esforço modernizador se instaurar conforme a industrialização se concretiza. Com isso, a cidade presencia uma substancial mudança de seu centro, com novas construções aos moldes do estilo arquitetônico eclético se popularizando. Tais transformações marcam tanto a organização espacial, quanto a história de Campinas. Nesse contexto, o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (CONDEPACC), o departamento de história da Unicamp e a FAPESP dão início à produção do Inventário do Centro Histórico Expandido de Campinas, com o objetivo de catalogar esses imóveis e servir-lhes como ferramenta de preservação. No entanto, a grande maioria dos processos de tombamento abertos através do inventário são desfigurados e arquivados. A presente pesquisa, através deste estudo de caso, compreende os debates sobre o arquivamento como prática patrimonial e o sistema memória-esquecimento na produção historiográfica e no campo de discussões sobre o patrimônio histórico.
Referências
CAMPINAS. Secretaria Municipal de Cultura. CONDEPACC. ATA 449. Campinas, SP, 2015. 16 p.
FRANCISCO, R. C. Inventário como ferramenta de preservação: a experiência da cidade de Campinas/SP. Revista CPC, São Paulo. n. 6. pp. 125, 2008.
GONÇALVES, José Reginaldo Santos. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/Ministério da Cultura/Sphan, 1996.
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