Efeito do cimento resinoso e da espessura da cerâmica na resistência de união ao microcisalhamento

Resumo

Este estudo avaliou o efeito dos cimentos resinosos (RelyX Ultimate e RelyX U200) e a espessura da cerâmica reforçada por disilicato de lítio (IPS e.max Press) na resistência de união ao microcisalhamento (RUµC), e a ciclagem térmica. Discos com 12 mm de diâmetro nas espessuras de 0,5 mm, 1,2 mm e 2,0 mm foram confeccionados com a cerâmica e cilindros dos cimentos resinosos foram feitos em tubos de Tygon (0,7 mm de diâmetro e 1,0 mm de altura). A fotoativação foi efetuada com a fonte de luz Radii Plus interposta pelos discos cerâmicos e os tubos foram removidos. As amostras foram armazenadas em água deionizada a 37º C, por 24 horas, submetidos à ciclagem térmica (3.000 ciclos - 5°/55 °C) e em seguida submetidas ao ensaio de RUµC. Os dados foram submetidos à Análise de Variância e ao teste de Tukey (?=0,05). Os valores de RUµC (MPa) mostraram que a espessura de 0,5 mm (32,6±1,4) apresentou valores significativamente superior as espessuras de 1,5 mm (25,6±1,8) e 2 mm (23,6±2,3), e a espessura de 1,5 mm foi significantemente superior à de 2 mm (p<0,001). Os grupos sem ciclagem térmica (28,5±1,2) foi significativamente superior ao grupo de ciclagem térmica (25,9±2,8) (p<0,001). Nenhuma diferença estatística foi observada entre os cimentos RelyX Ultimate (27,2±2,4) e o RelyX U200 (27,4±1,1) (p=0,60). A espessura da cerâmica e a ciclagem térmica influenciaram significativamente nos valores de resistência de união. Já os cimentos resinosos não influenciaram a resistência de união.