Resumo
Este artigo tem como pretensão apresentar as principais visões da literatura econômica brasileira sobre o processo denominado como desindustrialização. Para atingir esse objetivo, o estudo utilizou a revisão bibliográfica como método de pesquisa. O trabalho demonstrou que existem diversas linhas de pensamento na discussão: como, por exemplo, o grupo liderado pelos chamados “novos-desenvolvimentistas”, que destacam a causa nefasta da apreciação cambial e da abertura financeira/comercial das últimas décadas para o país, afetando não apenas as atividades industriais, como também o desenvolvimento econômico a longo prazo da sociedade; ou, como contraponto, os adeptos ao pensamento econômico ortodoxo, argumentando que as reformas macroeconômicas, adotadas pela nação a partir da década de 1990, não tiveram um impacto negativo para a indústria do país e que a valorização do câmbio modernizou e ampliou o parque industrial, pois possibilitou para a indústria brasileira aumentar as suas importações de máquinas e de equipamentos mais avançados. Por fim, o presente estudo recomenda, para as próximas pesquisas sobre o assunto, a investigação dos efeitos do regime cambial, da estrutura produtiva, do comércio internacional e do nível de crescimento econômico para as atividades industriais do país.
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Copyright (c) 2020 Lucas Mikael da Silva dos Santos