Políticas públicas para a saúde do idoso: um olhar para vulnerabilidade, promoção da saúde e qualidade de vida

Resumo

Tomando como referência o impacto da transformação demográfica do envelhecimento na reestruturação das políticas públicas voltadas para a promoção da saúde do idoso vulnerável no Brasil nas ultimas décadas este artigo tem como objetivo refletir sobre como estão sendo desenvolvidas as políticas públicas de promoção de saúde para garantir qualidade de vida ao idoso vulnerável. Trata-se de um estudo reflexivo a partir das principais políticas públicas de promoção de saúde do idoso, vigentes no Brasil para garantia de ações de promoção da qualidade de vida do idoso vulnerável. O estudo foi subdividido nos seguintes tópicos “Políticas públicas de promoção de saúde do idoso: um olhar para o idoso vulnerável”, “Vulnerabilidade no contexto do idoso”, “Qualidade de vida do idoso: um caminho árduo para o idoso vulnerável”. Estratégias de promoção da saúde têm sido apontadas para um envelhecimento saudável através do Sistema Único de Saúde. Nesse processo tem contribuído entre outros a Política Nacional do Idoso, o Estatuto do Idoso, o Pacto pela Vida, a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e posterior a ela algumas estratégias como a Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa, entre outras. A população idosa possui diferenças individuais e sócias que compreendem diversos graus de vulnerabilidade para cada individuo relacionados à capacidade de enfrentamento, a influencia social e politica para expressar-se livremente, e à qualidade dos programas e serviços que gerem as oportunidades para ter um envelhecimento bem sucedido. Nos idosos estas caraterísticas são influenciadas a traves da cultura, valores, expectativas, preocupações e a percepção do indivíduo da sua própria qualidade de vida. As estratégias políticas de promoção de saúde do idoso são promissoras e ainda estão sendo estruturadas e implementadas nas diferentes esferas governamentais em consonância com as diretrizes do SUS. Observa-se uma lacuna nessas políticas quanto à garantia da promoção da saúde e qualidade de vida na dimensão biopsicossocial do idoso mais susceptível a vulnerabilidade, no atual cenário de crescimento abrupto da população idosa, essas políticas públicas voltadas a esta população, não abordam de forma especifica as estratégias a serem adotadas a esse grupo em especial.