Abstract
Apenas 7% dos nossos pensamentos são expressos por palavras enquanto 93% acontecem por mensagens inconscientes não verbais. Entre os meios de linguagem corporal, o toque é o sentido mais aguçado por fazer interagir, revelar sentimentos e intenções. Tocar transmite afeto, segurança, proteção e permite ao paciente sentir-se valorizado e único ou pode ser ruim, se não for permitido ou dependendo da forma que é tocado. O toque é essencial no trabalho do fisioterapeuta, por incorporar uma relação muito íntima com o corpo, capaz de influenciar na qualidade da assistência. Compreender os significados atribuídos ao toque por fisioterapeutas que atuam em ambiente hospitalar. Trata-se de um estudo de caso qualitativo. A população constituiu-se de 18 fisioterapeutas atuantes em um hospital ao sul de Minas Gerais. A amostra foi composta de modo intencional e fechada por exaustão. O critério de inclusão foi no mínimo 6 meses de contratação. Para coleta de dados foi utilizado um roteiro para entrevista semiestruturada elaborado a partir do modelo proposto por Turato. As entrevistas ocorreram de dezembro de 2015 a março de 2016, gravadas em áudio e transcritas pela pesquisadora. Para a análise dos dados utilizou-se a análise temática de conteúdo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) sob o parecer número: 1136177. Todas as normas da Resolução 466/12, que normatiza pesquisas com seres humanos foram cumpridas. Emergiram duas categorias: Sentimentos do fisioterapeuta relacionados ao toque e a Dificuldade em falar sobre o toque expressivo traduz deficiência na formação. Para os fisioterapeutas entrevistados o toque significa seu instrumento principal de trabalho e o toque expressivo parece não ser conhecido pelo fisioterapeuta por provável deficiência na formação acadêmica. Sugere-se uma intervenção educativa com esses profissionais de maneira a conscientizá-los da importância do toque expressivo e fazê-los incorporar novos valores ao toque, proporcionando uma assistência individualizada que contemple as necessidades do paciente, uma melhor relação e comunicação fisioterapeuta / paciente e uma assistência mais humanizada.
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