Abstract
A comunicação é fundamental nas relações humanas e se dá de forma verbal e não verbal. O toque é uma forma de comunicação não verbal e pode ser instrumental, onde o contato físico só existe durante procedimentos técnicos; expressivo ou afetivo, onde é espontâneo e aplicado de maneira mais humanizada; e expressivo-instrumental, que ocorre quando um procedimento técnico é acompanhado do toque expressivo. Sendo a fisioterapia uma ciência que lida diretamente com o corpo, torna-se necessário estudar o conhecimento desses profissionais quanto a importância dos tipos e formas de se tocar o paciente. Conhecer os tipos de toque utilizados por fisioterapeutas que atuam em ambiente hospitalar e suas atitudes e comportamentos enquanto tocam seus pacientes. Trata-se de um estudo de caso qualitativo realizado em um hospital de grande porte localizado ao sul de Minas Gerais. A população constituiu-se de 18 fisioterapeutas e a composição da amostra se deu de modo intencional e fechada por exaustão. A coleta de dados ocorreu por meio da observação participante direcionada por um roteiro e utilizou-se um diário de campo para anotação de dados considerados relevantes. As observações foram realizadas no período de agosto de 2015 a novembro de 2016, e totalizou-se 19 observações com duração média de cinco horas, sendo a variação de 4.47 horas. Os dados foram analisados por meio da análise temática de conteúdo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) sob o parecer número: 1136177. As normas da Resolução 466/12 foram devidamente cumpridas. Emergiram duas categorias: O toque instrumental como recurso fundamental da assistência fisioterapêutica hospitalar.e toque expressivo: sua pouca presença não significa ausência de afetividade. Conclusão: Os fisioterapeutas desse estudo utilizam o toque instrumental como ferramenta básica de seu trabalho e a pouca utilização do toque expressivo não evidencia ausência de afetividade, mas sugere desconhecimento em relação aos tipos, formas e benefícios do toque. Assim, a capacitação desses profissionais em comunicação não verbal se mostra imprescindível.
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