Percepção do paciente oncológico sobre a assistência de enfermagem e o convívio com o câncer

Abstract

As doenças oncológicas são as que mais causam medo e ansiedade aos pacientes por levar a uma série de alterações físicas, psicológicas e sociais e representar um estigma de ameaça à vida. Portanto torna-se necessário que o paciente desenvolva estratégias para encarar as dificuldades advindas com a doença e que o profissional de enfermagem esteja preparado para auxiliá-lo durante esse processo. Conhecer a percepção do paciente oncológico sobre a sua doença; conhecer as estratégias de enfrentamento utilizadas pelo paciente oncológico desde a descoberta do seu diagnóstico e conhecer as vivências e expectativas do mesmo sobre a assistência de enfermagem recebida. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório (Protocolo 63/2014). Os sujeitos da pesquisa foram constituídos por oito pacientes oncológicos que realizavam tratamento em um centro de oncologia no interior de São Paulo. Os dados foram analisados pelo Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Após a análise dos dados obteve-se três DSC: percepção do paciente oncológico sobre o câncer; coping utilizadas pelo paciente oncológico e vivências e expectativas do paciente oncológico sobre a assistência de enfermagem recebida. Foi evidenciado que o câncer é responsável por causar aos pacientes sentimentos diversos desde o medo do desconhecido, pensamentos sobre a morte e o morrer até sensações de auto piedade e difícil aceitação dos efeitos adversos dos quimioterápicos. Por isso, o paciente busca, a todo momento, estratégias de enfrentamento para superar esses sentimentos negativos e transformações que sofrerão durante o processo de tratamento. Na tentativa de lidar com essa dificuldade o paciente estabelece estratégias de enfrentamento (coping), apoiando-se na espiritualidade que promove ao mesmo, esperança de recuperação e superação da doença e o apoio social que é outra estratégia de coping utilizada pelo paciente como fator de diminuição de estresse. O paciente oncológico torna-se vulnerável diante do processo de doença, portanto torna-se urgente que os profissionais de saúde estejam aptos para oferecer uma assistência holística fortalecendo assim um elo de confiança entre profissional, paciente e família.