Banner Portal
O movimento dos bichos
PDF

Palavras-chave

Movimento
Campesinato
Animais não humanos
Criação

Como Citar

PEREIRA, Luzimar Paulo. O movimento dos bichos: notas etnográficas sobre animais, seres humanos e espaços em Urucuia, MG. RURIS (Campinas, Online), Campinas, SP, v. 9, n. 1, 2015. DOI: 10.53000/rr.v9i1.2076. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ruris/article/view/16913. Acesso em: 6 maio. 2024.

Resumo

A circulação de animais de criação por casas, sítios e fazendas é um importante tópico da vida cotidiana dos moradores das áreas rurais do município de Urucuia, MG. Os "bichos do criatório" são entendidos como produtos da ação humana sobre a "natureza", ao mesmo tempo em que parecem dotados de subjetividades e agências próprias que, muitas vezes, os colocam em confronto com os homens. Os animais em movimento põem em questão os limites físicos esimbólicos de casas, sítios e fazendas, além de estarem intimamente relacionados a diversos aspectos da vida social. A circulação dos bichos está na base dos esforços de produção e manutenção de terreiros, chiqueiros, currais, pastos e roçados. Por outro lado, tal deslocamento aciona formas de reciprocidade responsáveis pela constituição e pela dissolução de vínculos entre seus criadores.

https://doi.org/10.53000/rr.v9i1.2076
PDF

Referências

ANDRIOLLI, C. S. Sob as vestes de Sertão Veredas, o Gerais. ‘Mexer com criação’ no Sertão do IBAMA. Tese (Doutorado) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Unicamp, Campinas/SP, 2011.

BAUDRILLARD, J. Simulacros e simulação. Lisboa: Relógio d'Água Editoria Ltda., 1981.

BRANDÃO, C. R. A Partilha da Vida. São Paulo: Geic/Cabral Editora, 1995.

BRANDÃO, C. R. O Afeto da Terra: imaginários, sensibilidades e motivações de relacionamentos com a natureza e o meio ambiente entre agricultores e criadores sitiantes do bairro dos Pretos, nas encostas paulistas da serra da Mantiqueira, em Joanópolis. Campinas: Editora da Unicamp, 1999.

BRISEBARRE, A. M. Ganaderia. In: BONTÉ, P.; IZARD, M (Orgs). Diccionario Akal de Etnología y Antropología. Madrid: Akal/Básica de Bolsillo, 2005.

CERTEAU, M. A Invenção do Cotidiano: Artes de Fazer. Petrópolis, Vozes, 1998.

DE PAULA, S. G. O campo na cidade. Esportes country e ruralidade estetizada. Tese (Doutorado) – Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1999.

GELL, Al. Art and agency: an anthropological theory. Oxford: Clarendon, 1998.

INGOLD, T. The perception of the environment: essays on livelihood, dwelling and skill. New York: Routledge, 2000.

INGUEIROS, E. A língua e o folclore da Bacia do São Francisco. Rio de Janeiro: Companhia de Defesa do Folclore, 1977.

LATOUR, B. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2009.

LEACH, E. Antropologia. São Paulo: Ática, 1983.

MAUSS, M. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac & Naify,2003.

PEREIRA, L. P. Os giros do sagrado: um estudo etnográfico sobre folias em Urucuia, MG. Rio de Janeiro: Editora 7Letras, 2011a.

PHILO, C; WILBERT, C. (Org.). Animal Species, beastly places: an introduction. New York: Routledge, 2005.

RIBEIRO, E. M.. Vaqueiros, bois e boiadas – trabalho, negócio e cultura na pecuária do nordeste mineiro. Estudos Sociedade e Agricultura, 10, Rio de Janeiro, p.135-164, abril 1998.

SAHLINS, M. Economía de la Edad de Piedra. Barcelona: Akal Editores, 1997.

TAMBIAH, S. J. Culture, Thought and Social Action. Harvard University Press, 1985.

WOORTMANN, E; WOORTMANN, K. O Trabalho da Terra: a lógica e a simbólica da lavoura camponesa. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Copyright (c) 2015 RURIS - Revista do Centro de Estudos Rurais - UNICAMP

Downloads

Não há dados estatísticos.