Banner Portal
Mudança e água no sul de Portugal
PDF

Palavras-chave

Portugal
Água
Barragem
Deslocamento de populações

Como Citar

SARAIVA, Clara. Mudança e água no sul de Portugal: a barragem de alqueva e a aldeia da luz. RURIS (Campinas, Online), Campinas, SP, v. 1, n. 1, 2007. DOI: 10.53000/rr.v1i1.644. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ruris/article/view/16757. Acesso em: 5 maio. 2024.

Resumo

O projeto de construção de uma megabarragem no Alentejo, uma zona extremamente árida no sul de Portugal, teve os seus inícios nos anos 50, durante o regime salazarista, mas só se concretizou no início do século XXI. A imensa albufeira1 a que a barragem deu origem inundou uma área que abrangeu a Aldeia da Luz, que por esse motivo foi inteiramente trasladada para outra localização. A fecho das comportas deu-se em fevereiro de 2002; no verão e outono do mesmo ano, a população foi transferida, e, durante 2003, a velha Luz foi completamente demolida. Hoje em dia, passeia-se de barco por cima do local onde estava a antiga Luz. Este texto fornece o contexto em que o projeto de Alqueva se desenvolveu, a caracterização geral do clima social que acompanhou o processo e o resumo do que foram os acontecimentos principais e as vivências no período da mudança e de iní- cio da adaptação a um novo território e uma nova situação.

https://doi.org/10.53000/rr.v1i1.644
PDF

Referências

BAILEY, F. G. The tactical uses of passion. An essay on power, reason and reality. Ithaca: Cornell University Press, 1983.

BAPTISTA, Fernando O.“Declínio de um tempo longo”. O voo do arado. Lisboa: IPM, 1996.

CUTILEIRO, José. Ricos e pobres no Alentejo. Uma sociedade rural portuguesa. Lisboa: Sá da Costa, 1977.

DAVEAU, Suzanne. “Bases geográficas do problema da Barragem do Alqueva, achegas pra a sua representação”. Finisterra, v. XII, n. 24, 1977.

DRAIN, Michel. “L’agriculture portugaise est-elle condamnée?”. Revue Géographique des Pyrénées et du Sud-Ouest, Toulouse, tomo 63, fasc. 2, p. 255-74. 1992-1993.

DRAIN, Michael. “La Penínsule Ibérique”. Les Conflits por l’Eau en Europe Mediterranéenne, Espace Rural, Montpellier: Université Paul Valéry Montpellier III, n. 36, p. 19-47. 1996a.

DRAIN, Michael. “Les conflits pour l’eau autour du Guadiana”. Les Conflits pour l’Eau en Europe Mediterranéenne, Espace Rural, Montpellier: Université Paul Valéry Montpellier III, n. 36, p. 115-29. 1996b.

DRAIN, Michael. “Planificación de las aguas peninsulares a escala europea”. Actas do Congreso Ibérico sobre Géstion y Panificación de Aguas. Zaragoza, 1998, p. 847-55.

DRAIN, Michal. “Les identités territoriales du Portugal. Le poids des imaginaires”. Lusotopie, n. 2, p. 159-63. 2002.

FONSECA, Isabel Maria Carvalho. Aldeia da Luz. Direção Geral de Ordenamento do Território (documento policopiado, s/d).

FRANÇA, Luís de. Comportamento religioso da população portuguesa. Lisboa: Moraes Editores, IED, 1981.

IHERA. Estudo prévio de emparcelamento rural da Freguesia da Luz. Lisboa: Instituto de Hidráulica, Engenharia Rural e Ambiente (IHERA), Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, ago. 1999.

LUTZ, Catherine. Unnatural emotions. Everyday sentiments on a micronesian atoll and their challenge to western theory. Chicago: The University of Chicago Press, 1988.

LUTZ, Catherine e ABU-LUGHOD, Lila. Language and the politics of emotion. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.

LUTZ, Catherine e WHITE, Geoffrey.“The anthropology of emotions”. Annual Review of Anthropology, n. 15, p. 405-36. 1986.

LUZ, Carlos da. Requiem pela Aldeia da Luz. Subsídios para a denúncia de um etnocídio planeado. Aljezur: Suledita, 2000.

MONTEIRO, Sandra. “O espiritual e o temporal na memória da Luz”. Museu da Luz, Catálogo. Luz: EDIA, 2003.

NOVAES, Gladys. “A retirada de Vilarinho das Furnas”. Geographica, n. 33, p. 53-71. 1973.

OLIVEIRA, Ernesto V. de e GALHANO, Fernando. Arquitectura tradicional portuguesa. Lisboa: Dom Quixote, 1992.

REIS, Maria José.“O reassentamento de pequenos produtores rurais: o tempo da reconstrução e a recriação dos espaços”. Hidroeléctricas e populações locais. Florianópolis: Cidade Futura, 2001.

REIS, Maria José e BLOEMER, Neusa. Hidroeléctricas e populações locais. Florianópolis: Cidade Futura, 2001.

ROSALDO, Michelle. “Toward an anthropology of self and feeling”. In: SHEWDER, Richard e LEVINE, Robert (eds.). Culture theory. New York: Cambridge University Press, 1984.

SARAIVA, Clara. “Diálogos entre vivos e mortos”. Corpo presente. Treze reflexões antropológicas sobre o corpo. Lisboa: Celta, 1996, p. 172-83.

SERRÃO, Adérito. “Alqueva, uma alavanca de progresso para o Alentejo no século XXI”. Alqueva, centro do mundo? Actas da 8ª Edição dos Encontros de Monsaraz. Monsaraz: Associação de Defesa dos Interesses de Monsaraz (ADIM), 1999.

SILVA, António Carlos e LANÇA, Maria João.“Alqueva: 4 anos de investigação arqueológica para a cultura e o desenvolvimento”.

Terceiro Colóquio de Arqueologia. Universidade de Évora, EDIA, DAP, 2001.

SILVA, Antunes da. Alqueva, a grande barragem. Lisboa: Livros Horizonte, 1982.

WATEAU, Fabienne. “Barrages, identités et frontiéres. Des barrages sur rivières frontaliéres (Sela et Alqueva)”.Globalización, fronteras culturales y políticas, y ciudadanía. Actas del VIII Congreso de Antropologia. Santiago de Compostella, 1999, p. 229-44.

WATEAU, Fabienne. “Du Portugal à l’Europe. Effets d’échelles, de Melgaço à Alqueva”. Lusotopie, n. 2, p. 165-76. 2002.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Copyright (c) 2012 RURIS (Campinas, Online)

Downloads

Não há dados estatísticos.