Resumo
Com exceção de alguns lugares bem determinados, o nome de Gramsci era quase desconhecido na América Latina até poucas décadas atrás, e as poucas referências eram para lembrar mais uma vítima do fascismo. A lenta penetração de Gramsci na América Latina começou pela Argentina, quando já em 1950 Hector Agosti fez publicar As cartas do cárcere. Depois do XX Congresso do PCUS, o ambiente político e cultural ficou mais propício a enfoques teóricos mais diversificados e a análises concretas das situações histórico-sociais. A rica elaboração teórica do PCI de Palmiro Togliatti, ainda em 1956, com a sua tese sobre A via italiana ao socialismo, contribuiu também para que a obra de Gramsci pudesse se projetar para além das fronteiras de seu país e do próprio movimento comunista que girava em torno da URSS. O mesmo Agosti e o grupo Pasado y Presente, que publicaram a edição temática dos Cadernos do cárcere a partir de 1958, foram excluídos do Partido Comunista em 1963.
Referências
ROIO, Marcos Del. Nota sobre a trajetória de Gramsci na América Latina. Crítica Marxista, Campinas, SP, v. 18, n. 33, p. 127–130, 2011. https://doi.org/10.53000/cma.v18i33.19321
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