Marxismos, feminismos, queer e sexualidades – Parte I
PDF

Palavras-chave

Teoria marxista
Gênero
Sexualidade

Como Citar

ABREU, Maira; CASTRO, Bárbara. Marxismos, feminismos, queer e sexualidades – Parte I. Crítica Marxista, Campinas, SP, v. 26, n. 48, p. 89–107, 2019. DOI: 10.53000/cma.v26i48.19028. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/cma/article/view/19028. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

Stuart Hall afirmava nos anos 1980 que a teoria marxista permanecia sendo o “principal polo de oposição do pensamento social burguês” (Hall, 1996 [1983], p.25). Desde a segunda metade do século XIX, o marxismo é fonte de conceitos e instrumentos teóricos para pensar diversas formas de opressão e dominação. Uma série de movimentos sociais serviu-se do marxismo, ainda que de forma crítica e seletiva, para teorizar e pensar uma superação do status quo. Em um contexto
de crise do neoliberalismo e de avanço de forças conservadoras no Brasil e em diversos países do globo – que elegeram como suas pautas-chave questões de gênero e sexualidade –, quais são as respostas que o marxismo pode oferecer?

https://doi.org/10.53000/cma.v26i48.19028
PDF

Referências

ABREU, Maira. Feminismo materialista na França: sócio-história de uma reflexão. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v.26, n.3, set. 2018.

ALCOFF, Linda. Cultural Feminism versus Post-Structuralism: the Identity Crisis in Feminist Theory. Signs: Journal of Women in Culture and Society, v.13, n.3, 1988.

ANDERSON, Perry. As origens da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

BIDET-MORDREL, Annie; GALERAND, Elsa; KERGOAT, Danièle. Analyse critique et féminismes matérialistes: travail, sexualité(s), culture. Cahiers du Genre, v.3, n.4, 2016, p.5-27.

BOZON, Michel. Fourier, le Nouveau Monde Amoureux et mai 1968: politique des passions, égalité des sexes et science sociale. Clio: Histoire‚ Femmes et Sociétés, n.22, 2005, p.123-149.

BUTLER, Judith. Problemas de gê nero: feminismo e subversã o da identidade. Trad. Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilizaç ã o Brasileira, 2003.

BUTLER, Judith. Fundamentos contingentes: o feminismo e a questão do “pós-modernismo”. Cadernos Pagu, Campinas, n.11, 1998, p.11-42. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8634457/2381. Acesso em: 31 ago. 2018.

BUTLER, Judith; BRETAS, Aléxia. Meramente cultural. Ideias, Campinas, v.7, n.2, p.227-248, mar. 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ideias/article/view/8649503. Acesso em: 1o set. 2018.

CARRARA, Sérgio; SIMÕES, Júlio Assis. Sexualidade, cultura e política: a trajetória da identidade homossexual masculina na antropologia brasileira. Cadernos Pagu, Campinas, n.28, p.65-99, jan./jun. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php script=sci_arttext&pid=S0104-83332007000100005&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 1o set. 2018. doi: dx.doi.org/10.1590/S0104-83332007000100005.

CERVULLE, Maxime; QUEMENER, Nelly; VÖRÖS, Florian (orgs.). Matérialismes, culture & communication. t.2. Paris: Presses des Mines, 2016 (col. “Matérialismes”).

COSTA, Albertina. É viável um feminismo nos trópicos? Resíduos de insatisfação. In: COSTA, Ana Alice Alcantara; SARDENBERG, Cecília Maria B. (orgs.). O feminismo do Brasil: reflexões teóricas e perspectivas. Salvador: UFBA/Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher, 2008.

CROWDER, Diane Griffin. De la pensée straight à la théorie queer: implications pour un mouvement politique. In: BOURCIER, Marie-Hélène; ROBICHON, Suzette (eds.). Parce que les lesbiennes ne sont pas des femmes: autour de l’oeuvre politique, théorique et littéraire de Monique Wittig. Paris: Éditions Gaies et Lesbiennes, 2002. p.163-177.

DANIEL, Herbert. Passagem para o próximo sonho. Rio de Janeiro: Codecri, 1982.

DE LAURETIS, Teresa. Théorie queer et cultures populaires: de Foucault à Cronenberg. Paris: La Dispute, 2007 (col. “Mouvements de Société”).

EFREM FILHO, Roberto. Mata-Mata: reciprocidades constitutivas entre classe, gênero, sexualidade e território. Campinas, 2017. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Unicamp.

FACCHINI, Regina. Sopa de letrinhas? Movimento homossexual e produção de identidades coletivas nos anos 90. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.

FIRESTONE, Shulamith. A dialética do sexo: um estudo da revolução feminista. Rio de Janeiro: Editorial Labor do Brasil, 1976.

FLAX, Jane. Pós-modernismo e relações de gênero na teoria feminista. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Pós-modernismo e política. Rio de Janeiro: Rocco, 1991. p.217-250.

FLOYD, Kevin. La réification du désir: vers un marxisme queer. Paris: Éditions Amsterdam, 2013.

FRANÇA, Isadora Lins. Consumindo lugares, consumindo nos lugares: homossexualidade, consumo e subjetividades na cidade de São Paulo. 1.ed. Rio de Janeiro: Eduerj, 2012.

FRASER, Nancy. Da redistribuiç ã o ao reconhecimento? Dilemas da justiç a numa era “pós-socialista”. Trad. Júlio Assis Simões. Cadernos de Campo, São Paulo, v.15, n.14-15, jan./dez. 2006.

FRASER, Nancy. Le féminisme en mouvements: des années 1960 à l’ère néolibérale. Paris: La Découverte, 2012.

FRY, Peter. Da hierarquia à igualdade: a construção histórica da homossexualidade no Brasil. In: Para inglês ver: identidade e política na cultura brasileira. Rio de Janeiro: Zahar, 1982 [1974].

GALERAND, Elsa; KERGOAT, Danièle. Les apports de la sociologie du genre à la critique du travail. La Nouvelle Revue du Travail, n.4, 2014. Disponível em: http://journals.openedition.org/nrt/1533. Acesso em: 1o set. 2018. doi: 10.4000/nrt.1533.

GIAMI, Alain. Misère, répression et libération sexuelles. Mouvements, v.20, n.2, 2002, p.23-29.

GIRARD, Gabriel. Homosexualités. In: ARTOUS, Antoine et al. La France des années 1968. Paris: Syllepse, 2008.

GRAJON, Fabien (org.). Matérialismes, culture et communication: marxismes, théorie et sociologie critiques. t.1. Paris: Presses des Mines, 2016.

GREEN, James N. Além do carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil do século XX. São Paulo: Editora Unesp, 2000.

HALL, Stuart. The Problem of Ideology: Marxism without Guarantees [1983]. In: MORLEY, David; KUAN-HSING, Chen (eds.). Stuart Hall: Critical Dialogues in Cultural Studies. Londres: Routledge, 1996.

HALPERIN, David M. The Normalization of Queer Theory. Journal of Homosexuality, v.45, n.2-4, 2003, p.339-343.

HEINEN, Jacqueline. De la 1ère à la 3ème Internationale, la question des femmes. Critique Communiste, 1978, p.109-181.

HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, São Paulo, v.26, n.1, 2014, p.61-73. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-20702014000100005. Acesso em: 27 set. 2018.

HOLANDA, Heloísa Buarque. Introdução. Feminismo em tempos pós-modernos. In: Tendências e impasses: O feminismo como crítica da cultura, Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

LOURO, Guacira Lopes. Teoria queer: uma política pós-identitária para a educação. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v.9, n.2, 2001, p.541-553. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X20010002000

&lng=en&nrm=iso. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2001000200012.

MACRAE, Edward. A construção da igualdade: identidade sexual e política no Brasil da “abertura”. Campinas: Editora Unicamp, 1990.

MANTEGA, Guido (org.). Sexo e poder. São Paulo: Brasiliense, 1979.

MATHIEU, Nicole-Claude. Dérive du genre/stabilité des sexes. In: L’anatomie politique 2: usage, déréliction et résilience des femmes. Paris: La Dispute, 2014a [1.ed. 1994] (col. “Le Genre du Monde”). p.321-336.

MATHIEU, Nicole-Claude. Sexe et genre. In: L’anatomie politique 2: usage, déréliction et résilience des femmes. Paris: La Dispute, 2014b [1.ed. 2000] (col. “Le Genre du Monde”). p.23-31.

MILLET, Kate. La politique du mâle. Paris: Stock, 1971.

MITCHELL, Juliet. Mulheres: a revolução mais longa. Revista Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, n.14, 1967.

MISKOLCI, Richard; SIMÕES, Júlio Assis. Apresentação. Cadernos Pagu, Campinas, n.28, jan./jun. 2007, p.9-18.

MORAES, João Quartim de. O campo socialista e a revolução sexual. In: MANTEGA, Guido (org.). Sexo e poder. São Paulo: Brasiliense, 1979.

MORAES, Maria Lygia. A experiência feminista dos anos setenta. Araraquara: Editora Unesp, 1990.

MÖSER, Cornelia. Féminismes en traductions: théories voyageuses et traductions culturelles. Paris: Éditions des Archives Contemporaines, 2013.

PERROT, Michele. As mulheres e os silêncios da história. Bauru: Edusc, 2005.

PICQ, Françoise. Libération des femmes, quarante ans de mouvement. Paris: Dialogues, 2011.

PRECIADO, Beatriz. Manifiesto contra-sexual: prácticas subversivas de identidad sexual. Madri: Ópera Prima, 2002 (col. “Pensamiento”).

PROCHASSON, Christophe. La Gauche, les moeurs et la morale. In: BECKER, Jean-Jacques; CANDAR, Gilles (orgs.). Histoire des gauches en France. Paris: La Découverte, 2005. p.666-683.

ROWBOTHAM, Sheila; SEGAL, Lynne; WAINWRIGHT, Hilary. Além dos fragmentos: o feminismo e a construção do socialismo. São Paulo: Brasiliense, 1981.

RUBIN, Gayle; BUTLER, Judith. Tráfico sexual: entrevista. Cadernos Pagu, Campinas, n.21, 2003, p.157-209.

SALIH, Sara. Judith Butler e a teoria queer. Trad. e notas Guacira Lopes Louro. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.

SARTI, Cynthia Andersen. O feminismo brasileiro desde os anos 1970: revisitando uma trajetória. Estudos Feministas, v.12, n.2, 2004.

SEDGWICK, Eve. Epistemology of the Closet. Berkeley: University of California Press, 1990.

SIMÕES, Júlio Assis. Prefácio. In: FACCHINI, Regina. Sopa de letrinhas?: movimento homossexual e produção de identidades coletivas nos anos 1990. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.

SIMÕES, Júlio Assis; FACCHINI, Regina. Na trilha do arco-íris: do movimento homossexual ao LGBT. São Paulo: Perseu Abramo, 2009.

TAMAGNE, Florence. La ligue mondiale pour la réforme sexuelle: la science au service de l’émancipation sexuelle? Clio: Histoire‚ Femmes et Sociétés, n.22, 2005, p.101-121.

TELLES, Maria Amélia. Breve história do feminismo no Brasil: e outros ensaios. São Paulo: Alameda, 2017.

VARIKAS, Eleni. Féminisme, modernité, postmodernisme: pour un dialogue des deux cotés de l’ocean. In: Feminismes au présent, Futur Anterieur (supplément). Paris: L’Harmattan, 1993.

WALBY, Sylvia. Postpostmodernisme? Théoriser la complexité sociale. Cahiers du Genre, v.3, n.4, 2016, p.53-72.

WEEKS, Jeffrey; ROWBOTHAM, Sheila. Dos pioneros de la liberación sexual: Edward Carpenter y Havelock Ellis. Homosexualidad, feminismo y socialismo. Barcelona: Anagrama, 1978.

WITTIG, Monique. On ne naît pas femme. Questions Féministes, n.8, maio 1980, p.83.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2019 Maira Abreu, Bárbara Castro

Downloads

Não há dados estatísticos.