Resumo
Em 1978, Luiz Alberto Moniz Bandeira, ex-preso político brasileiro e um dos exilados do golpe que derrubou Jango, lançou O governo João Goulart: as lutas sociais no Brasil – 1961-1964. Ali, se delineava a posição teórica do autor, centrada na luta de classes brasileira, na contradição entre o desenvolvimento das forças produtivas e das relações de produção e nos marcos da análise sobre o imperialismo. Um dos capítulos mostrava a operação Brother Sam e como o governo norte-americano, a Central de Inteligência Americana (CIA) e o Departamento de Estado foram fundamentais na construção da quartelada de 1964, o “ensaio geral” dos golpes na América Latina. Duas décadas depois, a abertura dos documentos da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos trouxe o “aval” de pesquisadores brasilianistas para o que Moniz Bandeira já dissera em sua obra. Partindo do estudo sobre o Brasil, consagra-se a análise apurada das relações internacionais e a profunda pesquisa em arquivos. Como disse o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, no Prefácio de A fórmula para o caos, a obra de Moniz Bandeira “é fundamental para compreender o passado, o presente e o futuro da América do Sul e da América Latina”.
Referências
KONRAD, Diorge Alceno. Resenha de: BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz. Fórmula para o caos: a derrubada de Salvador Allende (1970-1973). Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2008, 640p.Crítica Marxista, São Paulo, Ed. Unesp, n.29, 2009, p.157-160.
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