Resumo
O objeto de investigação deste estudo é a crítica dedicada por Lukács à religião. É nosso intento desvelar os principais caminhos que levam à determinação daquilo que Lukács denominou de necessidade religiosa em suas obras tardias como a Estética e a Ontologia do ser social. A religião é considerada por Lukács como uma objetivação do gênero humano, que pressupõe determinadas condições materiais para a sua existência, restrita à pré-história do ser social, vinculada umbilicalmente às sociedades cindidas em classes antagônicas. Rejeitam-se, portanto, as tentativas de se projetar uma universalidade extensiva à religião. A ideia dessa exegese é encontrar os elementos ontológicos que direcionam a crítica de Lukács à religiosidade, descartando a crítica de natureza meramente gnosiológica.
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