Resumo
Por mais que a academia tenha rejeitado o gênero panfleto, por soberba, ingenuidade ou paixão pela empulhação, a tradição dos trabalhadores jamais abriu mão dele, tendo inclusive formado um mestre: Lenin. Entretanto, faz-se de grande importância ressaltar que a sua simples utilização não é o bastante, já que produzir um bom panfleto é algo difícil. Dialética do marxismo cultural (2020), de Iná Camargo Costa, conseguiu isso ao aliar qualidade literária e conteúdo pertinente dentro de uma forma de maior circulação. Esse trabalho como um todo – desde a capa até o formato de “livrinho”, passando pela fonte grande e pelas notas – é um ótimo exemplo de agitprop, pois se dirige ao debate público, municiando-o ao extravasar os limites da necessária propaganda socialista e da sempre bem-vinda denúncia do capitalismo.
Referências
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