Resumo
O objetivo deste escrito é proceder ao esclarecimento das questões do referido comentário, tendo em vista especialmente aqueles leitores que não conhecem meu livro. O intuito, aqui, é que tais leitores se sintam motivados a tomar contato com uma reflexão que, longe de ser só minha, envolve todos aqueles que se perguntam como foi possível o pensamento religioso, que invoca um sentido transcendente para os fenômenos que aborda, ganhar tamanha força nos dias de hoje. É neste sentido que Marx, Espinosa e Darwin – certamente com imensas diferenças entre si – comparecem como aliados para o fortalecimento de uma perspectiva imanente de análise, que busque decifrar o “espírito da situação sem espírito”, na formulação clássica de Marx.
Referências
BACHELARD, G. L’engagement rationaliste. Paris: PUF, 1972.
BOVE, L. Uma filosofia de resistência à dominação. IHU On-Line, n.397, 2012, p.61-66. Disponível em: <http://www.ihuonline.unisinos.br/media/pdf/IHUOnlineEdicao397.pdf>. Acesso em: 9/6/2020.
CHAUI, M. Alegria do pensamento e liberdade. IHU On-Line, n. 397, 2012, p.15-23. Disponível em: <http://www.ihuonline.unisinos.br/media/pdf/IHUOnlineEdicao397.pdf>. Acesso em: 10/6/2020.
DARWIN, C. Origem das espécies. Belo Horizonte: Itatiaia, 2002.
DELEUZE, G. Spinoza et le problème de l’expression. Paris: Les éditions de Minuit, 1968.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.
ESPINOSA, B. Epístola LVI. Cadernos Espinosanos, n.35, 2016. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/espinosanos/article/view/114992/122009>. Acesso em: 12/6/2020.
ESPINOSA, B. Ética. São Paulo: Edusp, 2015.
GLEIZER, M. Considerações sobre o necessitarismo de Espinosa. Analytica. Revista de Filosofia, v.7, n.2, 2003, p.59-87.
HEGEL, G. W. F. The Science of Logic. Cambridge: Cambridge University Press, 2010.
LANCIOTE, D. Marx, Espinosa e Darwin: pensadores da imanência. Crítica Marxista, n.50, 2020, p.215-224.
LUKÁCS, G. Para uma ontologia do ser social. V.I. São Paulo: Boitempo, 2012.
LUKÁCS, G. Para uma ontologia do ser social. V.II. São Paulo: Boitempo, 2013.
MARTINS, M. V. Marx, Espinosa e Darwin: pensadores da imanência. Rio de Janeiro: Consequência, 2017.
MARTINS, M. V. Hegel, Espinosa e o marxismo: para além de dicotomias. Novos Rumos, v.57, n.1, 2020, p.29-46. Disponível em: <http://revistas.marilia.unesp.br/index.php/novosrumos/article/view/10455/6508>. Acesso em: 09/7/2020.
MARX, K. O capital. Livro I. São Paulo: Boitempo, 2013.
MORFINO, V. Sob a insígnia de um mal entendido. IHU On-Line, n.397, 2012, p.36-42. Disponível em: <http://www.ihuonline.unisinos.br/media/pdf/IHUOnlineEdicao397.pdf>. Acesso em: 09/6/2020.
SPINOZA, B. Traité politique. Disponível em: <https://pascontent.sedrati-dinet.net/public/traite_politique_appuhn.pdf>. Acesso em: 13/7/2020.
WALLACE, R. Notes on a novel coronavirus. Disponível em: <https://mronline.org/2020/01/29/notes-on-a-novel-coronavirus/#gsc.tab=0>. Acesso em: 10/6/2020.
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2021 Maurício Vieira Martins