Resumo
A presente pesquisa teve como intuito apresentar a trajetória biográfica do jovem Franz Boas (1858-1942), desde seu nascimento na Alemanha até sua consolidação como um antropólogo nos Estados Unidos, atentando para o seu percurso entre os países ainda no século XIX, momento no qual ocorria a institucionalização tanto da geografia quanto da antropologia enquanto ciências universitárias em ambos os locais. Desse modo, mostrou-se como as suas origens alemãs, sejam pessoais ou acadêmicas, tiveram forte influência na sua vida em terras norte-americanas, uma vez que seus escritos deram continuidade às suas raízes germânicas. Em especial, procurou-se analisar como a antropogeografia proposta por Friedrich Ratzel (1844-1904) reverberou na teoria antropológica boasiana, a qual fez com que Boas, um geógrafo de formação, se consolidasse como o antropólogo fundador da escola norte-americana.
Referências
D’ANGLURE, B. S. Les masques de Boas: Franz Boas et l’ethnographie des Inuit. In: Études/Inuit/Studies, vol.8, 1984.
KOELSCH, W. A. Franz Boas geographer and the problem of disciplinary identity. In: Journal of the History of Behavioral Sciences, vol.40, 2004.
KUPER, A. The invention of primitive society: transformations of a illusion. New York: Routledge, 2005.
MÜLLER-WILLE, Ludger. The Franz Boas enigma. Inuit, Arctic and sciences. Montreal: Baraka Books, 2014.
RATZEL, F. Geografia dell’uomo (Antropogeografia). Torino: Fratelli Bocca, 1914.
SPETH, W. W. The anthropogeographic theory of Franz Boas. In: Anthropos, vol.73, 1978.
STOCKING JR., G. Race, Culture and Evolution. New York: The free Press, 1968.
Todos os trabalhos são de acesso livre, sendo que a detenção dos direitos concedidos aos trabalhos são de propriedade da Revista dos Trabalhos de Iniciação Científica da UNICAMP.