Construção colaborativa de material educativo digital para lidar com o processo de morte e morrer durante a graduação em enfermagem

Resumo

O processo de morte e morrer contempla aspectos físicos, sociais, culturais e espirituais, que exigem mudanças nos modelos de cuidar realizado pelos diferentes profissionais de saúde. Desenvolver competências para cuidar do paciente que vivencia a finitude pode contribuir para a futura inserção profissional dos acadêmicos de Enfermagem. Apresentar um material educativo digital (MED) para lidar com o processo de morte e morrer durante a formação em graduação de enfermagem. Tratou-se de uma pesquisa-ação realizada em grupo fechado no Facebook® e fundamentada na Pedagogia Crítica de Paulo Freire. Participaram seis acadêmicos de graduação em enfermagem, do oitavo período matutino da Universidade Guarulhos. No período de março a abril de 2018, foram realizados Círculos de Cultura Virtuais (CCV) com base nas seguintes perguntas norteadoras: “Como vocês se imaginam cuidando de um ser humano no processo de morte e morrer?” E “Quais competências vocês julgam necessárias para desempenhar tal prática?”. Empregou-se a análise temática de Bardin nos registros das interações entre os participantes no Facebook® e, complementarmente, utilizou-se o software WebQDA 3.0 para organizar e analisar o corpus do estudo. Para a construção do MED foi escolhida a ferramenta digital gratuita Adobe Spark® e os participantes reavaliaram a página on-line construída pelo grupo de pesquisadores a fim de realizar considerações e modificações. A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Guarulhos sob o parecer nº 2.485.315. Emergiram duas categorias: “A complexidade do cuidado no processo de morte e morrer” e “O enfrentamento pessoal relacionado ao cuidar na finitude da vida” que permitiram delinear os conteúdos e recursos para construir o protótipo de MED “Primeiros passos para lidar com o processo de morte e morrer” disponível no link https://adobe.ly/2GUbwWY. O processo colaborativo resultou em uma ferramenta inovadora e relevante para subsidiar o desenvolvimento de competências para lidar com o processo de morte e morrer desde a formação inicial na graduação em enfermagem.