Caracterização estatística de fatores de risco para desenvolvimento do pé diabético
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Palavras-chave

Diabetes mellitus
Pé diabético
Tecnologia
Grupos de risco
Rede neural artificial.

Como Citar

1.
Ferreira ACBH, Lopes MHB de M, Ferreira DD, Oliveira HC. Caracterização estatística de fatores de risco para desenvolvimento do pé diabético. CCFEU [Internet]. 13º de novembro de 2018 [citado 19º de abril de 2024];(1). Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/ccfenf/article/view/19

Resumo

O Diabetes Mellitus configura-se como uma epidemia mundial, traduzindo-se em um grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. O grande impacto econômico ocorre nos serviços de saúde, como consequência dos crescentes custos do tratamento da doença e, sobretudo de suas complicações. Dentre elas destaca-se o pé diabético, considerada uma complicação grave, que afeta os membros inferiores, podendo levar a ulcerações e até amputações. Identificar as variáveis de risco que se encontram presentes em pessoas com diabetes mellitus que apresentam alto risco de desenvolver o pé diabético, sem o uso de exames clínicos. Pesquisa metodológica, em que foi utilizado um banco de dados composto por 54 fatores de risco para o pé diabético, investigados em 250 pessoas com diabetes. As informações foram coletadas em uma Associação de Diabéticos, e o instrumento de coleta de dados possui perguntas a respeito das condições socioeconômicas, alterações sentidas nos pés, e hábitos e atitudes com a saúde e com os pés. Através do uso de uma Rede Neural Competitiva foi construído um modelo neural capaz de dividir o banco de dados em dois grupos, denominados A e B.  Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa com seres humanos da Unicamp, CAAE 66815617.3.00005404. Verificou-se que o grupo B foi composto por pessoas com maior número de variáveis de risco de desenvolver o pé diabético, e testes estatísticos comprovaram diferença significante entre os grupos (95% de certeza). As variáveis ??que discriminam os grupos atingidos estão de acordo com os achados de outros estudos, indicando, em geral, maior risco para o pé diabético. Dados do grupo B: 66% relatam perda de sensibilidade nos pés, 69% rachaduras nos pés, 75% micose nos pés, 94,64% formigamento nos pés, 86,61% dormência nos pés, 70,54% dor nos pés, 66% pés edemaciados, 82% cortam as unhas dos pés de maneira errada e 78% as unhas encravam, 54% usam bolsa de agua quente nos pés. O sistema pode otimizar o trabalho da equipe de saúde, principalmente da enfermagem, pois realiza triagem de pessoas com diabetes mellitus, indicando aqueles com alto risco para desenvolver o pé diabético de acordo com suas atitudes e sensações, e que necessitam de acompanhamento prioritário na prevenção do pé diabético.

https://doi.org/10.20396/ccfenf1201819
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Copyright (c) 2018 Congresso Científico da Faculdade de Enfermagem da UNICAMP

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