Resumo
A hemorragia pós-parto (HPP) é uma das principais complicações do puerpério imediato e representa a principal causa de morte materna registrada no mundo, com 25% do total de óbitos. Entre as principais causas encontram-se a atonia uterina, distúrbios de coagulação e retenção de restos placentários. Relatar a experiência no atendimento à uma puérpera com HPP. Relato de experiência de um caso de HPP, em hospital de pequeno porte em Lucas do Rio Verde-MT, no ano de 2015. As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário e da literatura. Primigesta de 16 anos, interna para realização de cesárea agendada. O procedimento ocorreu sem intercorrências e a cliente e foi para o apartamento antes da 1ª hora pós-anestésica, sem receber ocitócito. Trinta minutos após ida para o quarto a enfermagem aciona o plantonista para avaliá-la. A puérpera encontrava-se hipocorada (3+/4+), sudoreica, taquicárdica e hipotensa, o útero amolecido, 3cm acima da cicatriz umbilical com sangramento vaginal 3+/4+. A enfermeira realizou: massagem e compressão uterina bimanual, reposição volêmica em acesso venoso calibroso, administração de ocitócito, oxigenoterapia e reserva de hemoderivados. Os sinais vitais, assim como o sangramento vaginal, melhoraram ainda nos primeiros 15 minutos após condutas, se normalizando em 30 minutos do início das ações, o sangramento vaginal estava dentro do esperado e o útero estava contraído 1cm abaixo da cicatriz umbilical. O caso seguiu as medidas terapêuticas padronizadas pelo Ministério da Saúde em fluxograma de atendimento a HPP que incluem massagem uterina bimanual, administração de ocitocina, metilergometria, misoprostol, traje antichoque não peneumático/ balão de tamponamento intrauterino, laparotomia. Das medidas supracitadas a paciente relatada apresentou melhoria com as 2 primeiras assistências. A experiência relatada e as publicações levantadas trazem à luz questionamentos sobre a situação de saúde pública que envolve o puerpério imediato e evidenciam a necessidade da implantação de protocolos institucionais a fim de minimizar o risco de complicações e ampliar a qualidade de vida do binômio.
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