Resumo
Os atuais avanços tecnológicos encontrados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) têm contribuído para o aumento da expectativa de vida de recém-nascidos (RN) prematuros com risco eminente de morte. Porém, os procedimentos dolorosos aos quais são expostos, a luminosidade excessiva e o ruído incessante ocasionado por máquinas cada vez mais complexas, configuram a UTIN como um ambiente frio e hostil tanto para os neonatos quanto para seus familiares. Diante deste contexto algumas UTIN têm utilizado o Método Canguru (MC) como uma estratégia holística de assistência a esses pacientes favorecendo uma maior participação dos pais em seu cuidado. Compreender a experiência da família na prática do MC durante a hospitalização do RN na UTIN. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório (Protocolo 21/2015). Os sujeitos da pesquisa foram constituídos por seis famílias que praticavam o MC na UTIN, contatados em um hospital de grande porte do interior de São Paulo. Os dados foram obtidos por meio da entrevista semi-estruturada e a construção do genograma e do ecomapa. Para análise dos dados foi utilizado a análise temática. RESULTADOS: Após a análise dos dados surgiram como resultados três categorias: Significado da prática do MC para a família; Facilidades encontradas pela família na prática do MC; Identificando dificuldades e Propondo estratégias na prática do MC. CONCLUSÃO: Para as famílias, a prática do MC permite que sintam-se mais próximas do RN e percebam com maior facilidade a evolução clínica do mesmo. Embora as famílias encontrem, no ambiente da UTIN, suporte da equipe de enfermagem para a realização do método, algumas dificuldades existem como: dificuldade financeira, medo em carregar o RN e transmitir infecção além do horário visita restrito da UTIN. Sendo assim, as mães lançam mão de algumas estratégias que viabilizem a prática do MC visando à recuperação e desenvolvimento do prematuro como: propõem mudanças no horário de visita da UTIN e tentam organizar-se para cumprir suas tarefas diárias em casa, com o intuito de conseguir realizar o método no hospital. Desse modo, conhecer as dificuldades encontradas pela família na prática do MC torna-se fundamental para que o MC seja realizado com êxito promovendo à recuperação do RN internado.
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