Uso da simulação clínica no ensino das manobras de ressuscitação cardiopulmonar: relato de caso

Resumo

A parada cardiorrespiratória trata-se da interrupção da circulação sanguínea e atividades respiratórias, necessitando de identificação e intervenção precoce a fim de empregar imediatamente após sua detecção manobras de reanimação com objetivo de evitar lesão cerebral irreversível. Relatar a experiência de uso do ensino teórico/prático da atuação da equipe de enfermagem com destaque a atuação do enfermeiro frente as manobras de ressuscitação na parada cardiorrespiratória. Trata-se de um relato de experiência de simulação clínica para o desenvolvimento de habilidades técnicas por meio da técnica role-play ou "troca de papéis", que consiste em um método de aprendizagem baseada na experiência, no qual os alunos assumem o papel de outros membros da equipe a fim de compreender um fenômeno partindo de uma perspectiva diferente da sua. Os estudantes, após aula teórica expositiva foram divididos em dois quintetos para aplicarem as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), destinadas a manter a circulação cerebral e cardíaca. As práticas foram conduzidas através de casos clínicos previamente elaborados com os respectivos cenários (briefing) aplicados da forma mais realística possível. Após finalização da dinâmica, os estudantes foram orientados a falar sobre a dinâmica proposta pelo docente numa folha em branco depositando essa, numa caixa deixada no laboratório de enfermagem com a Técnica de Laboratório. Os  estudantes verbalizaram durante o debriefing satisfação em participar da atividade proposta  (100%), destacando a importância da oportunidade prática em ambiente seguro,  o que muitas vezes é difícil por questões inerentes às instituições de saúde, além de exercitar de maneira pratica a aplicabilidade de praticas seguras de assistência. O emprego desta metodologia de ensino proporcionou segurança no desenvolvimento de atividades em cenário quase real, ampliando a capacidade crítica, reflexiva, criativa e a tomada de decisões, resgatando o protagonismo do processo de aprendizagem centrado nas experiências de cada discente. A simulação favorece uma aprendizagem experiencial, centrada no estudante em ambiente seguro, amparada por uma reflexão, que norteia o aluno no reconhecimento da importância do papel do enfermeiro frente PCR.