Inferência do diagnóstico de enfermagem dor aguda e o perfil de pacientes não comunicativos de um hospital universitário
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Palavras-chave

Enfermagem
Diagnóstico de enfermagem
Dor aguda.

Como Citar

1.
Correia MDL, Manzoli JPB, Ferreira RC, Carvalho LAC, Botelho ML, Ribeiro E, et al. Inferência do diagnóstico de enfermagem dor aguda e o perfil de pacientes não comunicativos de um hospital universitário. CCFEU [Internet]. 13º de novembro de 2018 [citado 28º de março de 2024];(1). Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/ccfenf/article/view/12

Resumo

A dor em pacientes criticamente enfermos é de difícil identificação mas a observação de indicadores clínicos nesses pacientes, por enfermeiros, poderá auxiliar na identificação precoce do Diagnóstico de Enfermagem (DE) Dor Aguda e assim, melhorar a assistência prestada. Descrever o perfil de pacientes não comunicativos e a presença do DE Dor Aguda e seus componentes. Estudo longitudinal conduzido de janeiro a julho de 2018 em Unidade de Terapia Intensiva de Hospital Universitário, com 96 pacientes não comunicativos em repouso (T0), em procedimento não doloroso (checagem do pulso radial) (T1) e doloroso (mudança de decúbito) (T2). Foram coletados dados clínicos, aplicada a escala de coma de Glasgow nos pacientes não sedados e Ramsay nos sedados, além de avaliados os componentes do DE Dor Aguda em cada tempo, por dois avaliadores. A concordância interobservador foi analisada por meio do teste Kappa. Parecer 1950820 do Comitê de Ética da Unicamp. Dos 96 pacientes, 64,6% (n=62) eram homens, tinham idade média de 53,5 anos (DP 16,6) e a não comunicação se deu pelo tubo orotraqueal (89,6% n=86) e sedação (46,9% n=45). A maioria era pacientes clínicos (61,5% n=59), tiveram escore 3 na escala de Glasgow (36,2% n=17) ou escore 6 na escala de Ramsay (83,7% n=41). Recebiam fentanil (59,4% n=57) e 60,4% (n=58) tinham pelo menos um analgésico prescrito. As características definidoras (CD) do DE Dor Aguda em T0 foram: diaforese (n=7), expressão facial (n=6) e evidência de dor usando lista de verificação (n=2) e um paciente recebeu o DE Dor Aguda. No T2 foram: evidência de dor usando lista de verificação (n=22), expressão facial (n=18), diaforese (n=8), mudança de parâmetros fisiológicos (n=7), dilatação pupilar (n=1) e 24 pacientes receberam o DE. Os fatores relacionados foram os agentes lesivos biológicos (n=76) e físicos (n=59). O Kappa apontou moderada a alta concordância (0,48-1,00) interobservador. A principal causa da não comunicação foi a presença do tubo orotraqueal e a maioria dos pacientes recebia analgésicos. O procedimento doloroso influenciou no aumento da ocorrência do DE Dor Aguda e de suas CD, sendo as mais marcantes a evidência de dor usando lista de verificação seguida pela expressão facial. Os avaliadores apresentaram boa concordância na avaliação dos pacientes.

https://doi.org/10.20396/ccfenf1201812
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Copyright (c) 2018 Congresso Científico da Faculdade de Enfermagem da UNICAMP

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