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Considerações kantianas sobre a representação, a estética, o belo e o sublime
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Palavras-chave

Kant
Representação
Estética
Belo
Sublime
Juízo

Como Citar

FRANÇA, Carlos. Considerações kantianas sobre a representação, a estética, o belo e o sublime. Revista Visuais, Campinas, SP, v. 10, n. 2, p. 107–147, 2024. DOI: 10.20396/visuais.v10i2.20141. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/visuais/article/view/20141. Acesso em: 15 maio. 2025.

Resumo

Kant (1724-1804) introduziu o termo estética na Crítica da Razão Pura, referindo-se às formas puras da intuição sensível a priori: espaço e tempo. Essas formas, parte da dimensão transcendental, condicionam a recepção das intuições sensíveis, organizadas internamente pelo tempo e externamente pelo espaço. Para Kant, o tempo subordina todos os objetos como fenômenos da sensibilidade. Ele concebeu o termo “estética transcendental” para descrever a estrutura pré-existente que permite a recepção das intuições sensíveis, diferenciando-se da crítica do gosto. Kant afirma que o conhecimento exige sensibilidade (recepção de representações) e compreensão (formação de conceitos aplicados a essas intuições). Contudo, apesar da centralidade da noção de representação, ele não forneceu uma definição completa, utilizando-a em partes da Lógica Transcendental e da Estética Transcendental. Este estudo analisa as condições de sua formulação e difusão nas críticas kantianas.

No juízo estético, Kant explora por que ele não gera conhecimento, impossibilitando sua universalização objetiva. A afirmação de algo como belo busca sua universalidade, mas a discordância alheia pode gerar frustração, destacando a subjetividade do gosto estético.

A segunda parte aborda a Analítica do Belo e a Analítica do Sublime, evidenciando rupturas e inovações trazidas pela Crítica da Faculdade do Juízo. Analisa-se o belo em relação ao prazer e à dor, e o papel dos juízos determinante e reflexivo na estética do belo. A estética do sublime, abrangendo suas formas matemática e dinâmica, é explorada em suas conexões com natureza, moral e o informe.

https://doi.org/10.20396/visuais.v10i2.20141
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Referências

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