Resumo
Araki é um felino. O cabelo um pouco grisalho que nasce deixando a fronte descoberta, penteia-o para trás e para cima, dando uma aparência de duas orelhas pontiagudas de gato, desses mesmos que aparecem em suas fotografias em momentos solenes ou na descrição de um Japão impenitentemente apaixonado por esses felinos domésticos, animais de augúrios e múltiplas vidas. Sentado sobre uma mesa de caroba do bar Rouge, no movimentado bairro tokiota de Shinjuku, Araki solta umas gargalhadas de boas-vindas enquanto bebe um mizuwari, um uísque com soda, como é chamado no Japão. Veste uma camiseta perturbadoramente rosada com um desenho de si mesmo estampado no peito. Explica-me que vem trabalhando numa obra já há sete anos e que talvez demore outros três para terminar.
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