Abstract
Pesquisas de opinião fazem parte da rotina em diversas ocasiões na Unicamp. Toda opinião deve ser tratada como algo desconhecido pois não podemos presumir antecipadamente o que as pessoas tem a dizer. Portanto questionários com alternativas fechadas não captam uma opinião e sim quantificam a maior ou menor adesão a uma opinião previamente enunciada. Podem ser úteis quando queremos medir especificidades, mas são inadequados para colher opiniões, o que exige uma abordagem com questões abertas. Entretanto, não basta aplicar questões abertas sem um método de análise sob pena dos dados serem sub-utilizados ou não transformados em informação. Existe alguma proposta pra resolver este dilema? A metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (Lefèvre & Lefèvre, 2000) propõe-se a lidar com esse desafio.A lógica que a norteia é simples: os indivíduos de uma sociedade compartilham idéias e opiniões, o que possibilita a compilação de conteúdos semelhantes em discursos síntese, redigidos na primeira pessoa do singular, como se o coletivo pudesse emitir sua voz.Cada discurso síntese tem um grau de compartilhamento, resguardando os atributos numéricos da investigação. A metodologia possui embasamento na teoria das Representações Sociais (Jodelet, 1989). A manipulação dos dados é auxiliada pelo software Qualiquantisoft®.Com vistas a dar um salto de qualidade nas pesquisas de opinião realizadas em diferentes ocasiões na Unicamp, propõe-se a utilização do DSC como método sistematizado de análise.Para sua implementação sugere-se a capacitação dos responsáveis pelas pesquisas nos diferentes setores ou buscar parceria com pesquisadores habilitados para tal.
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Copyright (c) 2016 Pedro Augusto Thiene Leme