Abstract
Introdução/Objetivo: O Hospital Dia (HD) do HC-Unicamp é uma referência Nacional no tratamento de IST /HIV/AIDS desde 1992. Realiza um atendimento ambulatorial com horário de funcionamento de segunda a sexta-feira das 7:00 às 19:00 horas. São realizados em média 500 atendimentos/mês, sendo 40% feminino e 60 % masculino. Os atendimentos e os medicamentos para IST/HIV/AIDS são custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O SUS define como a adesão ao tratamento: o marcador sorológico de CD4 (> 200u) e a carga viral (<50 cópias, indetectável). O atendimento prioriza a humanização, além de, integralidade, equidade e universalidade. O objetivo deste trabalho é demonstrar que o acolhimento e encontros mensais como ferramentas para a adesão dos pacientes ao tratamento, mediante uso regular de ARV, são benéficos. Metodologia: Em 1994 foi criado um grupo para acolhimento de pacientes com dificuldade na adesão ao tratamento, em parceria do serviço social e enfermagem. A dinâmica do grupo era mista (homens e mulheres), os encontros vinculados às consultas médicas e permanência dos mesmos no serviço com atividades laborais e ingestão supervisionada ARV. Muitas mudanças ocorreram no grupo de adesão: evolução medicamentosa, local de tratamento, processos de trabalho e pandemia. Atualmente, os encontros mensais tem 32 pacientes cadastrados e abordam questões técnicas, vínculos, adesão e uso adequado ARV. Nos encontros os pacientes são incentivados a relatar como estão se sentindo no momento da chegada e na saída. São utilizados dinâmicas com o grupo como roda conversa, troca de experiências e orientações coletivas. Resultados: A aceitação e a adesão aos ARV estão significativamente associadas ao esquema de medicamentos, à confiança depositada no sistema de saúde e na relação interpessoal com os profissionais de saúde. O papel do serviço de saúde, principalmente pela capacidade de diálogo e de negociação, é extremamente importante na superação das dificuldades relacionadas ao tratamento. Assim, o projeto de adesão tem como resultados: - Fortalecimento do vínculo de confiança entre paciente-equipe; - Melhora dos marcadores sorológicos (CD4 Carga viral); - Assiduidade na participação no grupo; - Melhor enfrentamento e aceitação da doença; - Maior percepção da auto responsabilidade no tratamento; - Redução das devoluções de medicamentos; - Processo educativo frente aos pacientes. Conclusão: As abordagens voltadas ao tratamento de IST/HIV/AIDS de forma acolhedoras e integrativas, proporcionaram recorrentes relatos de melhora dos estados de saúde e de adesão pelos pacientes. Vários pacientes relataram melhora dos estados emocionais e de saúde na saída onde foram relatados em diferentes falas, sensações e emoções pelos pacientes. por eles. Há relatos que os encontros permitem acolhimentos seguros e troca de experiências. As emoções como medo, tristeza, preconceito, perdas, raiva, frustrações foram bastantes relatadas.
References
SALEEM, Fahad; HASSALI, Mohamed Azmi; SHAFIE, Asrul Akmal; A AWAD, George; ATIF, Muhammad; HAQ, Noman Ul; ALJADHEY, Hisham; FAROOQUI, Maryam. Does treatment adherence correlates with health related quality of life? findings from a cross sectional study. Bmc Public Health, [S.L.], v. 12, n. 1, p. 318, 30 abr. 2012. Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1186/1471-2458-12-318. BRITO, Ana Maria de; SZWARCWALD, Célia Landmann; CASTILHO, Euclides Ayres de. Fatores associados à interrupção de tratamento anti-retroviral em adultos com AIDS: rio grande do norte, brasil, 1999 - 2002. Revista da Associação Médica Brasileira, [S.L.], v. 52, n. 2, p. 86-92, abr. 2006. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1590/s0104-42302006000200017.
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 Fábio Ricardo Consorti Paixão, Aparecida do Carmo, Fernanda Helena Morgon, Maria Clara Paiva, Rosana Fins Ramos, Sandra Mara Queiroz da Costa