Resumo
As reabsorções dentais são situações raras na Odontologia. Neste caso clínico, um paciente leucoderma, gênero feminino, apresentou-se na clínica odontológica do Cecom, para tratamento endodôntico do elemento 22. Ao exame radiográfico inicial, constatou-se a presença de reabsorção interna e externa do 21, que apresentava-se assintomático. A paciente não se recordava de ter sofrido trauma na referida região. A única queixa com relação a este elemento era a presença ocasional de uma fístula em gengiva marginal, da qual saia um exsudato. A paciente submeteu-se ao tratamento endodôntico e restaurador do 22, e a seguir ao tratamento multidisciplinar do 21 (endodontia, periodontia e dentística). Inicialmente o tratamento endodôntico do 21 foi realizado por um endodontista, obturando-se o terço apical da raiz com guta – percha + sealer 26, e o restante do conduto com MTA. Após 01 semana a paciente retornou para complementação estética do vedamento da reabsorção externa. Foi realizado um retalho em mucosa, por uma periodontista, o qual foi elevado, sendo a raiz debridada em seguida. Áreas vedadas com MTA, após a presa, ficam enegrecidas, daí a necessidade de substituição desta parte por um material mais estético. A partir daqui uma especialista em estética realizou a remoção desta parte do MTA, realizando em seguida uma restauração transcirúrgica com resina fotopolimerizável. Feita a restauração, a periodontista reposicionou o retalho e realizou as suturas. O caso está em acompanhamento há 18 meses, sem sinais de reativação das reabsorções e sem comprometimento periodontal.

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Copyright (c) 2016 Wellington Pereira Santos, Ilze Soares, Ângela Tiziani