Resumo
saúde não é apenas um campo em que ocorrem grandes avanços tecnológicos, mas também um espaço de construção de relações entre pessoas. Ao abordar a humanização nos serviços de saúde, é necessário entender o campo em que acontecem as relações entre os trabalhadores de saúde e os usuários. O hospital é uma organização que não se destina apenas a tratar do “corpo biológico”; ele mantém a função de produção social e de espaço de trocas, que acontecem além dos corpos biológicos. Em saúde, temos três tipos de tecnologias: duras (equipamentos, as ferramentas e máquinas), as leve-duras (saberes estruturados que fazem parte do conhecimento dos indivíduos) e leves (processos de relações entre as pessoas). A relação entre estes três tipos de tecnologia é que pode produzir qualidade no atendimento em saúde, pois os usuários dos serviços de saúde buscam nos encontros com os trabalhadores, relações de confiança, espaços de acolhimento, responsabilização e vínculo. Fazer assistência não é só saber diagnosticar, prognosticar e curar os problemas da saúde como uma “disfunção biológica”, mas também é um processo de produção de relações e intervenções de modo partilhado. Este trabalho procura focar estas relações sob a ótica do conceito de humanização, e introduz o Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) do Hospital de Clínicas da Unicamp, criado a partir da Política Nacional de Humanização (PNH) do Ministério da Saúde, cujo objetivo é construir propostas para promover ações humanizadoras no sistema de saúde pública, que melhorem o cuidado em saúde e se constitua, ainda num espaço de reflexão coletiva para melhoria das relações entre as equipes e entre estas e os usuários desse sistema.Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2016 Maria Christina Mendes Dos S Guaraldo, Sandra Regina De Angelis Monteiro Terra
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