Resumo
Apresento algumas discussões realizadas a partir da minha pesquisa de mestrado, intitulada “A formação profissional na prática cotidiana: o que nos contam as educadoras de creche”, que estudou duas creches do município de Campinas, São Paulo/Brasil. As histórias de vida das profissionais das creches foram registradas a partir da escuta de suas narrativas, cedidas em entrevistas, enquanto que os diálogos com as responsáveis pelas crianças integram o diário de campo utilizado pela pesquisadora. Como referenciais teórico-metodológicos foram utilizados os princípios da História Oral, cuja perspectiva metodológica não apenas tem como base a opção pela escuta e pelo registro das vozes normalmente excluídas e marginalizadas pela história oficial, mas também acolhe os sujeitos anônimos, construtores do cotidiano comum. Esta metodologia tem, na narrativa oral e na memória, fontes privilegiadas para o registro escrito da realidade social vivida, Vale destacar que a análise foi construída a partir do foco da pesquisa, dos saberes e dos fazeres das educadoras, procurando olhar para a profissional de Educação Infantil. Neste sentido, GUEDES-PINTO (2002, p.106) diz: “rememorar o passado não significa trazer de volta ao presente os acontecimentos vividos exatamente como se sucederam, mas reconstituí-los através da nossa vivência atual”. Coaduna-se com essa reflexão a opinião de SANTOS (2004, p.195), quando ressalta que: “olhar o passado não é um exercício de nostalgia e lembrança simples ou saudosa, pois cada sociedade pensa o passado de forma diversa e o narra de forma distinta”.
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Copyright (c) 2016 Marcia Aparecida Pereira Silva Pinheiro
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