Resumo
Este trabalho apresenta parte de uma pesquisa de doutorado realizada na Faculdade de Educação da Unicamp. No encontro com o pensamento do filósofo Gilles Deleuze e com o filme Corra Lola, Corra, escolho neste papel-pesquisa dois fragmentos para pensar na potência da repetição: o relógio e o grito. Enquanto a repetição das três seqüências do filme fica presa ao tempo cronológico, dos relógios, se efetuando como pontos de vista sobre o mesmo visível e vivido, o grito de Lola parece fazer explodir na tela uma repetição distinta. Matéria sonora intensa, singular, que ecoa sem materialidade, sem sujeito, o grito abre possibilidades de pensar num papel pedagógico que se dá pelo fora, pela junção de fragmentos que, em desequilíbrio, não trazem à tona a violência dos pontos de vista sobre o mesmo, mas a violência da multiplicação da realidade num acoplamento de forças invisíveis e insensíveis.
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Copyright (c) 2016 Susana Oliveira Dias
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