Resumo
Inserir no paciente o comprimento da sonda nasogástrica (SNG) para alimentação no local correto é um pré-requisito para confirmar com segurança sua posição no estômago(1). Relato de caso evidencia que o maior comprimento pode fazer com que a SNG enrole no estômago do paciente com riscos ao paciente (2). Trata-se de relato de experiência de um estudo que ocorreu em Hospital Universitário em 2014 e 2015 para validar um método seguro para introdução de SNG em adultos. Realizou estudo clínico randomizado, duplo cego, três braços. Três comprimentos diferentes de SNG foram introduzidos: NEX (nariz- lóbulo da orelha – apêndice xifóide); EXU (lóbulo da orelha- apêndice xifoide- umbigo); NEX+XU (NEX- apêndice xifóide- umbigo) em 240 pacientes e avaliado seu posicionamento no estômago por exame radiológico. Foi identificado pelas imagens destes exames que o método com maior comprimento teve sua extensão virada dentro do estômago e sua ponta distal alocada em locais de risco para deslocamento e pneumonia aspirativa: 1 no esôfago, 3 na cárdia e 4 no fundo do estômago. A literatura corrobora com estes dados ao relatar experiências onde a introdução de um maior comprimento de sonda fez com que ela não progredisse para o local esperado, o que foi desencadeado pelo seu enrolamento na região gástrica, o retorno da sua ponta distal para as regiões de risco, e a formação de nós (3,4,5). O estudo evidenciou que o método para introdução de SNG com maior comprimento não garante o posicionamento mais seguro no estômago.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2016 Eliete Boaventura Bargas Zeferino, Sandra Cristina Veiga de Oliveira Santos, Maria Isabel Pedreira Freitas, Nelson Marcio Gomes Caserta