Resumo
A busca de índices adequados para a melhor utilização do parasitismo de peixes como indicadores ambientais tem sido motivo de investigação por vários autores nas últimas duas décadas. Neste trabalho são testados alguns índices comparando o parasitismo por helmintos de Geophagus brasiliensis (Cichlidae, Perciformes) em dois ambientes de distintas caracterizações eutróficas. Foram calculados os índices de diversidade de Simpson e de Shannon-Weaver, o índice de similaridade de Hill, os coeficientes de associação de Jaccard, de Dice e de Ochiai e as variações nas taxas de prevalência (TP) e intensidade média de infecção (IM) propostas por Bush e colaboradores. Para o modelo adotado (espécie de peixe selecionada e comparação entre ambientes eutrófico e oligotrófico), os índices que melhor refletiram a influência do tipo de ambiente e as variações ocasionadas dentro destes ambientes foram a taxa de prevalência e a intensidade de infecção. Os resultados obtidos com os índices de associação demonstraram a independência das relações entre os helmintos parasitas encontrados (Contracaecum sp., Procamallanusperaccuratus, metacestódeos de Proteocephallidea e Cyclophyllidea, Ancyrocephalinae e metacercárias). Através dos cálculos de TP e IM os parasitas podem ser utilizados como indicadores de vários processos ambientais, como por exemplo indicadores de tipos de ambiente, indicadores de alterações ambientais e indicadores faunísticos em ambientes distintos.

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Copyright (c) 2016 R. R. Madi, Marlene Tikudo Ueta