Resumo
O estudo teve a finalidade de estudar o efeito da hiperhomocisteinemia (HHcy) leve no desenvolvimento da aterosclerose, usando camundongos deficientes de apolipoproteína E (apoE-/-) e camundongos deficientes de receptor de LDL (LDLR-/-). As concentrações de homocisteína (Hcy) plasmática foram analisadas por HPLC-MS/MS. Foi realizada análise histológica das lesões ateroscleróticas do seio aórtico. As lesões lipídicas foram quantificadas usando o programa Image Pro Plus software (versão 3.0). O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da hiperhomocisteinemia (HHcy) leve no desenvolvimento da aterosclerose, usando camundongos deficientes de apolipoproteína E (apoE-/-) e camundongos deficientes dos receptores de LDL (LDLR-/-). A análise estatística demonstrou que os camundongos apoE-/- tratados com dietas B e C apresentaram um aumento na área de lesão aterosclerótica (2.258.880±777.020 mm2 ; e 1765.327±437.460 mm2 , respectivamente) quando comparados aos camundongos tratados com dieta A (402.180±351.930 mm2 , p>0,01). Os camundongos LDLR-/- que apresentaram HHcy leve também demonstraram um aumento estatisticamente significativo na área de lesão aterosclerótica (700.300±430.720 mm2 , n=7; e 407.462±193.930 mm2 , n=8, respectivamente) comparados aos camundongos LDLR-/- tratados com dieta A (155.700±88.893 mm2 , n=10) (p>0,01). Podemos concluir que a hiperhomocisteinemia leve acelerou o desenvolvimento da aterosclerose nos camundongos apoE-/- e LDLR-/- , enfatizando o sinergismo entre fatores de risco no desenvolvimento de doenças multicausais, como a aterosclerose.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2016 Laurione Candido de Oliveira, A. C. M. Alessio, R. Haddad, Nelci Fenat Hoehr, Joyce Maria Annichino Bizzacchi